16 de junho de 2024 - 01:07

Cultura

Unidos do Arraiá Edição 2024 Celebra Tradições Juninas em Grande Estilo

Nos dias 7 e 8 de junho, Porto Alegre do Norte foi palco da edição 2024 do "Unidos do Arraiá", um evento que celebrou as tradições juninas com muita alegria e animação. Realizado pelas escolas municipais e estaduais, em parceria com a Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer e organizado pelo Departamento de Cultura e Turismo, o arraiá reuniu a comunidade para duas noites inesquecíveis.

Apresentações Juninas e Espetáculos

O evento contou com vibrantes apresentações de quadrilhas juninas realizadas pelos alunos das escolas locais. Uma das atrações mais aguardadas foi a apresentação especial do grupo Flor do Sertão, que representou o município no festival estadual Festrilha. O grupo encantou o público com um trecho do espetáculo que levará para a final do festival em Água Boa, MT, no final deste mês.

Atrações Musicais

Além das apresentações escolares, a programação incluiu shows musicais que animaram ainda mais o arraiá. A dupla local Lucas e Marcos empolgou a plateia com seu repertório regional, enquanto a cantora nacional Camillinha encerrou as noites com uma performance marcante, encantando a todos com sua voz e carisma.

Celebração da Cultura e Tradição

O "Unidos do Arraiá" edição 2024 foi um sucesso, promovendo a cultura e as tradições juninas, além de fortalecer o espírito comunitário em Porto Alegre do Norte. O evento destacou o talento dos alunos e artistas locais, proporcionando momentos de diversão e confraternização para todas as famílias presentes.

Gestão 2021-2024: “A transformação é o compromisso de todos.”


13ª edição do Olhar de Cinema - Festival Internacional de Curitiba

13 sessões contarão com LIBRAS e audiodescrição.

Evento ocorre de 12 a 20 de junho

Olhar de Cinema - Festival Internacional de Curitiba ocupará as salas de cinema da capital paranaense de 12 a 20 de junho, com sessões no Cine Passeio, no Cinemark Mueller, na Ópera de Arame e também no Teatro da Vila, no CIC. 

 

O festival, que é um dos mais importantes dedicados à sétima arte do Brasil, além de promover o acesso do público a produções inéditas de todo o mundo e a versões restauradas de clássicos na telona a preços acessíveis, ainda contribui para a democratização do cinema por meio de sessões com recursos de acessibilidade. 

 

“Todos os anos, o Olhar de Cinema busca sempre aprimorar o seu papel na democratização do acesso ao cinema, promovendo serviços que vão além da exibição de filmes a preços acessíveis, como a exibição de produções com recursos de acessibilidade, como LIBRAS e audiodescrição”, comenta Antônio Gonçalves Jr., diretor do Olhar de Cinema. 

 

Retrato de um Certo Oriente - Cred Matizar Filmes, Divulgação

Para 2024, 13 sessões contarão com tais recursos, passando por diferentes mostras, como a Mostra Competitiva Brasileira, Mirada Paranaense, Pequenos Olhares, Novos Olhares, assim como os filmes de abertura e encerramento. Serão exibidos com recursos de acessibilidade as produções “Retrato de um Certo Oriente”, do diretor Marcelo Gomes; “A Cápsula”, produção de Maringá do diretor Ribamar Nascimento; o longa infantil de animação “O Sonho de Clarice”, de Fernando Gutierrez e Guto Bicalho; “Greice”, de Leonardo Mouramateus; “Quem É Essa Mulher?” de Mariana Jaspe; “Entre Vênus e Marte”, de Cris Ventura; “O Sol das Mariposas”, de Fábio Allon; “Idade da Pedra”, de Renan Rovida; e “Um Dia Antes de Todos os Outros”, de Valentina Homem, Fernanda Bond; “Salão de Baile”, de Juru e Vitã; e os curtas infantis “Casa na Árvore”, de Guilherme Lepca,”Lagrimar”, de Paula Vanina, e “Almadía, de Mariana Medina”. 

 

Os ingressos podem ser adquiridos pelo site oficial com valores a partir de R$8 (meia-entrada), com exceção para as matinês do Cine Passeio da Mostra Pequenos Olhares, em que o ingresso tem valor especial de R$6.

 

A Cápsula na Mostra Mirada Paranaense- Cred Reprodução

Filmes e horários das sessões com recursos de acessibilidade:

 

No dia 13 de junho, às 14h, no Cine Passeio Luz, será a reexibição do filme “Retrato de um Certo Oriente”, escolhido para abrir a 13ª edição do Olhar de Cinema. O longa, que leva direção de Marcelo Gomes (“Paloma”, “Estou Me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar”), traz personagens que foram expulsos de suas terras por conflitos sociopolíticos e é baseado no romance do escritor amazonense Milton Hatoum, ganhador do Prêmio Jabuti de Melhor Romance (1990). Os irmãos libaneses, Emilie e Emir, católicos, embarcam do Líbano em uma viagem rumo ao Brasil. No trajeto, Emilie, se apaixona por um comerciante muçulmano, Omar, causando ciúme incontrolável por parte do seu irmão, que usará as diferenças religiosas para separá-los. Porém, antes de chegar ao destino final, em uma briga com Omar, Emir é gravemente ferido em um acidente e a única opção de Emilie é descer em uma aldeia indígena no meio da selva para encontrar um curandeiro que o salve. Após a recuperação do irmão, Emilie toma uma decisão que levará a consequências trágicas. 

 

O elenco de “Retrato de um Certo Oriente”, conta com Wafa’a Celine Halawi, Charbel Kamel, Zakaria Kaakour, Rosa Peixoto e Eros Galbiati. O roteiro é de Marcelo Gomes, Maria Camargo e Gustavo Campos. 

 

No dia 14 de junho, às 16h20, é a vez do longa maringaense “A Cápsula”, que integra a Mostra Mirada Paranaense, dedicada a promover um panorama sobre a cena audiovisual do Paraná. Com direção de Ribamar Nascimento, o filme se passa em uma realidade assolada por um desastre ocorrido há muitos anos, mostrando a história de dois irmãos, a jovem Mariana, vivida pela atriz Danielli Pasquini, e Dinho, interpretado pelo curitibano Bernardon Hohmann. Eles encontram uma cápsula do tempo com objetos dos antigos habitantes da região, a família Raymon, atraindo a atenção do chefe das gangues do local, Breu (Luiz Carlos Persy), iniciando uma busca por desvendar os mistérios do passado a fim de remediar os traumas do presente. 

 

"O Sonho de Clarice", dirigido por Fernando Gutierrez e Guto Bicalho - Cred Reprodução

Nos dias 15 e 16 de junho, às 10h30, ocorre a exibição do longa animado “O Sonho de Clarice” (Brasil | 2023 | 83’), de Fernando Gutierrez e Guto Bicalho, que fala sobre Clarice, uma menina esperta que demonstrará toda sua capacidade criativa para ter que lidar com a morte de sua mãe. Ela passa os dias com seu pai, tentando se distrair e brincar mesmo em meio aos dias cheios de trabalho dele como carroceiro. Dessa maneira, na sua rotina, Clarice imagina um mundo mágico em que contará com a ajuda de inusitados amigos para viver grandes aventuras e aprender a conviver com a ausência e a lembrança de sua mãe. 

 

Nos mesmos dias, às 13h, é a vez da exibição dos curtas “Casa na Árvore” (Brasil | 2024 | 8’), de Guilherme Lepca, que conta a história de Ariel, que, ao chegar na escola, percebe que seu amigo Dudu não está. O motivo da falta? O pequeno ficou resfriado. Na imaginação de uma criança que tem como afazer principal ir pra escola, a ausência pode significar uma permissão total para a brincadeira. E quem não quer brincar o dia todo? Ficar resfriado pode fazer parte do cotidiano de uma criança, mas não quando essa criança é Ariel; “Lagrimar”(Brasil | 2023 | 14’), de Paula Vanina, que mostra uma menina que anda sozinha por uma mata seca e árida, mas algo em sua cabeça produz vida. Em algum momento, sua caminhada é surpreendida por uma outra vida que brota dessa cabeça fértil, dando a possibilidade de uma amizade inusitada; e “Almadia”  (Brasil | 2024 | 8’), de Mariana Medina, em que acompanhamos a história de um jangadeiro e sua família, suas jornadas que, por um momento, se distanciam no mar em terra firme, e que voltam a se entrelaçar em uma nova perspectiva de amor e memória. 

 

No dia 16 de junho, às 14h, o filme “Greice”,  (Brasil | 2024 | 110’) da Mostra Competitiva Brasileira contará com recursos de acessibilidade no Cine Passeio - Sala Ritz.  Com direção de  Leonardo Mouramateus, a produção gira em torno de uma jovem mulher brasileira estudando e trabalhando em Lisboa. Em um dia de trabalho, Greice conhece Alfonso, e essa relação vai ser o estopim para uma série de acontecimentos que a levam de volta a seu Ceará natal. Com seus diálogos mordazes, interpretados por um elenco cativante, o filme trata com notável leveza de temas complexos ao redor das identidades, e em especial das relações sociais e de gênero.

 

Entre Vênus e Marte, Mostra Novos Olhares - Cred Reprodução

Também no dia 16, às 14h, no Cine Passeio - Sala Luz, ocorre a exibição de “Entre Vênus e Marte” (Brasil | 2022 | 61’), da Mostra Novos Olhares. Dirigida por Cris Ventura, o filme mostra Ed Marte que, após séculos de hibernação em sua cápsula, ressurge na cidade de Belo Horizonte com a missão de resgatar a princesa Nickary. Misturando registros e dispositivos com a mesma anarquia furiosa e festiva de suas personagens, Cris Ventura cria um filme-OVNI totalmente auto-consciente de que a liberdade completa sempre será sua principal bandeira e mote.

 

Já às 16h20, é a vez da exibição de “Quem é Essa Mulher?” (Brasil | 2024 | 70’), de Mariana Jaspe, da Mostra Competitiva Brasileira. No filme, o público é convidado a pegar a estrada junto com a historiadora Mayara, que leva todos às origens da sua pesquisa sobre Maria Odília Teixeira, a primeira médica negra do Brasil. Nesse caminho, entenderemos aos poucos o quanto as trajetórias dessas duas mulheres, com os cem anos de história brasileira que as separam, têm em comum. Mariana Jaspe não se apega a um formato estático de aproximação documental, permitindo que o filme ganhe novos ares na medida em que essas histórias se iluminam mutuamente. 

 

No dia 17 de junho, às 14h15, “O Sol das Mariposas” (Brasil | 2024 | 105’), da Mostra Competitiva Brasileira, será exibido no Cine Passeio - Sala Luz. Dirigido por Fábio Allon, o filme, que é o primeiro longa ficcional em direção solo do cineasta, mostra Marta que, após a partida do seu marido, luta para manter funcionando o seu sítio de café resistindo aos avanços de um emergente agronegócio pelo interior do Paraná da década de 1970. Na medida em que sua relação com a colega Juliana se torna mais forte, vai ficando mais claro que o ambiente adverso e conservador ao seu redor é um risco tão grande quanto a promessa das geadas de um inverno inclemente. 

 

No mesmo dia, às 20h30, no Cine Passeio - Sala Luz, ocorre a exibição de “Idade da Pedra”(Brasil | 2024 | 70’), da Mostra Novos Olhares. Escrito, dirigido e protagonizado por Renan Rovida, a produção acompanha as andanças de Terceiro Mundo, um homem sem-teto que mergulha em uma deriva onírica pelas ruas da capital paulista. Fragmentos de tempos passados e presentes se enlaçam nessa dança entre memória, sonho e desejos de insurreição, em que a subjetividade de uma pessoa à margem favorece a reflexão crítica sobre um Brasil profundamente contraditório.

 

No dia 19 de junho, às 14h15, no Cine Passeio - Sala Luz, da Mostra Competitiva BRasileira, ocorre a exibição de “Um Dia Antes de Todos os Outros” (Brasil | 2024 | 73’). Com direção de Valentina HOmem e Fernanda Bond, o filme mostra a jovem Sofia, que improvisa rimas com suas amizades na comunidade em que vive, enquanto sua mãe Marli, organiza a desocupação do apartamento de classe média alta em que trabalhou por boa parte da vida como cuidadora. Na ficção, muitas camadas envolvem o público com sensibilidade no universo íntimo de suas personagens, revelando o afeto e também as dinâmicas de poder que atravessam as relações de três gerações de mulheres com importantes diferenças entre si. 

 

E, às 19h15, no Cinemark Mueller, será exibido “Salão de Baile”, filme de encerramento do Olhar de Cinema 2024. A produção do pesquisador Juru e da cineasta Vitã apresenta a cultura do ballroom, mostrando as Houses fluminenses, que se apropriam de influências estrangeiras e de elementos reconhecidamente brasileiros para construir um universo que combina dança, música, moda e performance a partir das experiências queer periféricas e racializadas. 

 

Além das sessões com recursos de acessibilidades, os seminários gratuitos do Olhar de Cinema também contarão com os serviços de inclusão, sendo ainda transmitidos ao vivo pelo canal oficial do festival no Youtube. Entre os temas a serem abordados, estão assuntos que vão além dos aspectos técnicos e estéticos da cinematografia, promovendo reflexões sobre o papel social da sétima arte.A programação completa dos seminários pode ser conferida no site oficial. 

 

"Salão de Baile" - Filme de Encerramento - Cred Reprodução

Acompanhe a programação e as novidades pelo site www.olhardecinema.com.br e pelas redes sociais oficiais: Instagram @olhardecinema e Facebook.com.br/Olhardecinema. A 13ª edição do Olhar de Cinema - Festival Internacional de Curitiba é realizada por meio do programa de apoio e incentivo à cultura - Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba, sendo também o projeto aprovado pela Secretaria de Estado da Cultura - Governo do Paraná, com recursos da Lei Paulo Gustavo, e pelo Ministério da Cultura - Governo Federal, com patrocínio do Itaú e Peróxidos do Brasil, apoio do Instituto de Oncologia do Paraná, Sanepar, Cimento Itambé, Favretto Mídia Exterior, e apoio cultural de Projeto Paradiso, Cine Passeio, Instituto Curitiba de Arte e Cultura. Verifique a classificação indicativa de cada filme e sessões com acessibilidade de audiodescrição.

 

Serviço:

13º Olhar de Cinema - Festival Internacional de Curitiba

Data: 12 a 20 de junho de 2024

Locais: Cine Passeio (R. Riachuelo, 410 - Centro)

    Cinemark Mueller (Av. Cândido de Abreu, 127, Centro)

  Teatro da Vila (R. Davi Xavier da Silva, 451, Cidade Industrial de Curitiba)

    Ópera de Arame (R. João Gava, 920, bairro Abranches)

Site oficial: www.olhardecinema.com.br.

Redes Sociais: Instagram: www.instagram.com/Olhardecinema

             Facebook: www.facebook.com.br/Olhardecinema

Patrocínio:  Itaú e Peróxidos do Brasil

Apoio:  Instituto de Oncologia do Paraná, Sanepar, Cimento Itambé e Favretto Mídia Exterior

Produção: Grafo Audiovisual

Apoio Cultural: Projeto Paradiso, Cine Passeio, Instituto Curitiba de Arte e Cultura, Taiwan Film & Audiovisual Institute, Cinemark

Realização: Programa de apoio e incentivo à cultura - Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba. Projeto aprovado pela Secretaria de Estado da Cultura - Governo do Paraná, com recursos da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura - Governo Federal. Lei de incentivo à cultura, Ministério da Cultura, Governo Federal.

 

Sugestões de palavras-chave: Olhar de Cinema, cinema independente, Festival Internacional de Curitiba, Olhar Retrospectivo, CIne Passeio, Cinemark Mueller, Ópera de Arame, Hou Hsiao-Hsien, homenagem em vida, cineasta influente, Retrato de um certo oriente, marcelo gomes, filme de abertura, festival de cinema, Mostra Competitiva Brasileira, Mostra Competitiva Internacional, Mostra Pequenos Olhares, O sonho de Clarice, animação, fantasia, mostra gratuita, oficinas, gratuito, programação completa, ballroom, recursos de acessibilidade, Libras


TOM CYKMAN e FÉLIX JUNIOR lançam CHORANDO EM FRENTE

Em mês comemorativo do gênero e depois de ser reconhecido como PATRIMÔNIO CULTURAL DO BRASIL, músicos inovam o choro em projeto inédito

 

“Uma visão tradicional e respeitosa do gênero do choro, e ao mesmo tempo oferece um frescor, algo inovador, reforçando a ideia que a tradição pode ser contada de maneira contemporânea e moderna”. É assim que a violonista, compositora e arranjadora Elodie Bouny definiu o disco Chorando em Frente, do guitarrista Tom Cykman e o violonista Félix Junior, que acaba de chegar nas plataformas digitais.

Nesse álbum, os músicos apresentam revigorantes releituras de choros clássicos de Pixinguinha, Jacob do Bandolim, entre outros, através de interpretações cheias de liberdade e improvisação. A instrumentação inusitada da guitarra no choro, por Tom Cykman, tocada de forma fiel ao gênero e ao mesmo tempo moderna, se soma ao impecável violão de 7 cordas de Félix Júnior, trazendo um frescor para a música instrumental brasileira.

Para o clarinetista e compositor Caetano Brasil, “As melodias no disco estão muito bem colocadas na guitarra, com o respeito de quem reconhece a profundidade da linguagem e se dedica a pesquisar uma forma própria de exprimi-la em seu instrumento.”

Tom Cykman, nascido em São Paulo e criado em Florianópolis (SC), é um guitarrista com foco na música brasileira e na improvisação. Em 2022, realizou uma série de oficinas a respeito da guitarra no choro, com a qual alcançou repercussão internacional com público inscrito de todo o Brasil, Argentina e Europa. Realizou turnês na Argentina, Portugal e Israel (Shablul Jazz), além de ministrar uma Masterclass de música brasileira no Núcleo de Samba e Choro de Buenos Aires.  Atualmente integra o trio de Alexandre Rodrigues em seu inovador trabalho de pife em contexto jazzístico. Sua discografia inclui o single Intocável com Félix Júnior (2021), Iara Ferreira Trio (2022), Iara Ferreira VERDEAMARELA (2023), Choro Xadrez (2023) e Pife Enigmático - Alexandre Rodrigues Trio (2024).

Félix Junior é considerado um dos grandes nomes do violão de sete cordas no Brasil. Compositor e arranjador de MPB instrumental, iniciou seu aprendizado no norte de Minas, passando por Pirapora e Montes Claros, até chegar ao Distrito Federal. O músico já trabalhou com outros grandes mestres da nossa música, gente como Altamiro Carrilho, Osvaldinho do Acordeom, Turíbio Santos, Gabriel Grossi, Hamilton de Holanda, Dominguinhos, Yamandú Costa, Jane Dubok, Cristovão Bastos, Roberto Menescal e muitos outros. Sua discografia inclui discos como Quando as Cordas Choram (2012), Lamento mineiro (2019), Félix Junior Interpreta Francisco Araújo (2020) e  Chão de Minas (2022) em formato solo, e em dueto como Nascente- com Gabriel Grossi (2016), Pro Menesca Vol 1 e 2 com Marcia Tauil (Part Roberto Menescal), Caymmi-se com Marcia Tauil e Juliana Caymmi (2022) e Pro Cristóvão Vol 1 e 2 com Marcia Tauil (Part Cristóvão Bastos), 2022 e 2023.

 

REPERTÓRIO COMPLETO

  1. Chorinho de Gafieira (Astor Silva)
  2. Chorando Baixinho (Abel Ferreira)
  3. Receita de Samba (Jacob do Bandolim)
  4. Ingênuo (Pixinguinha e Benedito Lacerda)
  5. Eu Quero É Sossego (K-Ximbinho)
  6. Doce de Coco (Jacob do Bandolim)
  7. Perigoso (Orlando Silveira e Esmeraldino Salles)
  8. Naquele Tempo (Pixinguinha)
  9. Cochichando (Pixinguinha)
 

FICHA TÉCNICA

Guitarra: Tom Cykman

Violão 7 cordas: Félix Júnior

Captação: Jorge Lacerda (Florianópolis, SC)

Mixagem: JG Júnior (Brasília, DF)

Captação de vídeo: Guilherme Ledoux

Edição de vídeo: Tom Cykman


Prefeitura Municipal de Porto Alegre do Norte Apoiou o Sarau Cultural Balé das Águas

No dia 17 de maio de 2024, a Orla do Rio Tapirapé, em Porto Alegre do Norte-MT, foi palco do Sarau Cultural "Balé das Águas" do artista Edilson Santos. Este evento é parte do projeto realizado através do Edital Viver Cultura da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer do Estado de Mato Grosso (Secel). O objetivo do projeto é valorizar a diversidade cultural do Araguaia e de Mato Grosso, com apresentações em várias cidades da região, incluindo Porto Alegre do Norte.

A Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Lazer, por meio do Departamento Municipal de Cultura, forneceu o suporte necessário para a realização do evento. A coordenadora de cultura municipal, Rosa Dilma, ressaltou a importância de eventos como este para que os artistas locais possam mostrar seus talentos. Ela afirmou que é papel do poder público criar oportunidades para que os artistas desenvolvam e apresentem seus trabalhos.

O sarau contou com diversas apresentações, incluindo música, danças, poemas, poesias, exposições de artesanatos e telas. Além disso, houve um estande com exposição e venda de livros de autores da região Araguaia, como "Saberes e Sabores" de Célia Ferreira de Sousa e "Embiras" de Edilson Pereira Santos. O evento também contou com a presença do prefeito Daniel do Lago, vereadores e representantes das comunidades indígenas, quilombolas e dos Direitos Humanos.


A MULA, de PAULO FREIRE

Violeiro, compositor e contador de histórias lança disco sobre seu encontro com a mula sem cabeça

Um grande causo musicado em que o autor narra seu encontro com uma mula sem cabeça no interior do Estado do Tocantins. Assim é A Mula, álbum do violeiro, compositor e contador de histórias Paulo Freire, que será lançado nas plataformas digitais no dia 22 de maio. Essa fantástica e curiosa fábula é vivida pelo próprio violeiro, seguindo a linha da “oratura”, ou seja, das narrativas inspiradas na tradição oral, como se fossem causos contados à beira de uma fogueira.

O álbum tem a participação especial do percussionista Adriano Busko, parceiro antigo de Paulo Freire que também se apresentará no show de lançamento no próximo dia 30 de junho na Casa Museu Ema Klabin, na capital paulista. Além de autor e executante – em prosa e viola! – desta intrigante história, o projeto tem a direção musical também de Paulo Freire, e foi viabilizado pelo Programa de Ação Cultural (ProAC) do Estado de São Paulo, com a elaboração, gestão e coordenação geral do projeto de Gisella Gonçalves, da Borandá Produções.

A Mula chega após os lançamentos dos singles, e capítulos, Clarões da MadrugadaOlavo e Padre Armando e Zélia. É nesse universo que Paulo Freire trata de esmiuçar as verdades científicas que comprovam a existência de uma mula sem cabeça, seu surgimento e consequências. Ponteados de viola foram criados para este grande acontecimento, além de novas versões para outras músicas de Paulo Freire, como “Mosquitão” e “Dona Júdica”.

O violeiro, contador de histórias e escritor Paulo Freire segue se especializando na temática dos seres de nossa terra. Em 2020, criou o espetáculo Cunhado de Lobisomem, juntamente com o compositor e instrumentista Danilo Moraes. Autor de trilhas sonoras, canções, romances, biografias, livros de causos, livros infantis e CDs de viola, Freire tem entre seus trabalhos mais recentes os CDs “Alto Grande” e “Pórva”, e o romance “Jurupari”.

Nascido em São Paulo, já morou no sertão do Urucuia (MG) - região onde se passa a trama do romance “Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa - onde aprendeu a tocar viola com Manoel de Oliveira e outros mestres, além de aprofundar-se nos costumes e lendas do sertão. Posteriormente viveu em Paris, ali estudou violão clássico, e atuou em grupos de música brasileira em vários países da Europa e na Argélia. Em 2015 e 2016, realizou 120 apresentações pelo projeto “Sonora Brasil”, do Departamento Nacional do SESC, por todos os estados brasileiros. Foi o curador da “Ocupação Inezita Barroso”, exposição sobre a artista, realizada pelo Itaú Cultural, em São Paulo, 2017. Em 2018 gravou o CD “Viola Perfumosa”, um tributo à Inezita Barroso, com Ceumar e Lui Coimbra, pela Natura Musical. Das viagens pelo projeto Sonora Brasil nasceu o livro “Uma Aventura Violeira”.

Faixas

1.) Clarões na Madrugada (Paulo Freire) 

2.)  Olavo (Paulo Freire)

3.) Padre Armando e Zélia (Paulo Freire)

4.) A Hóstia e a Bola de Fogo (Paulo Freire)

5.) Coice (Paulo Freire)

6.) A Cruza na Sexta-feira da Paixão (Paulo Freire)

 

 

SERVIÇO:  A MULA – álbum completo

LANÇAMENTO: 22/05/24

Link de pre-save: https://tratore.ffm.to/amula

 

FICHA TÉCNICA: A MULA

 

Criação, direção artística e musical
      Paulo Freire

Viola, narração, texto e criação
      Paulo Freire
Percussão e efeitos sonoros
      Adriano Busko

Gravado nos estúdios
      Vai Ouvindo (viola e voz)
      Geroma (percussão e efeitos sonoros)

Edição
      Pedro Luz

Mixado por
      Alexandre Fontanetti (Estúdio Space Blues – São Paulo – SP)

Masterizado por
      Homero Lotito (Reference Mastering Studio – São Paulo – SP)

Assessoria para finalização
      Swami Jr.
Coordenação geral de produção e gestão do projeto
      Gisella Gonçalves (Borandá Produções)

Ilustração da capa
      Cinthia Camargo

Fotos
      Tarita de Souza

Projeto gráfico da capa
      Otávio Bretas

ASSESSORIA DE IMPRENSA: 

Débora Venturini Assessoria de Comunicação
Tel.: (11) 98326.3851


Série destaca pessoas com mais de 100 anos na TVE

A série documental inédita ‘Seculares – o mundo a mais de cem’, coloca em foco a oralidade de idosos que testemunharam momentos importantes da História do Brasil nos últimos cem anos, e estreia na TVE a partir do dia 14, sempre nas terças-feiras, às 20h30. A obra pode ser assistida também horários alternativos nas quintas-feiras, às 19h, e aos domingos, às 12h.

 

Com o objetivo de resgatar memórias importantes e ainda promover a valorização e o respeito pela terceira idade, a produção dirigida por Henrique Dantas é composta por 13 episódios, trazendo entrevistas com pessoas que alcançaram a expressiva marca dos cem anos de vida. No primeiro episódio, Dona Ana Rosa, Dona Maria José, Seu Cândido e Dona Alda Mota falam sobre avião, onça cabocla, lobisomem, a ida do homem à lua e as limitações da velhice.

 

A obra é resultado do edital Bahia na Tela, realizado pela Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (IRDEB). Lançado em 2017, o Bahia na Tela é o maior edital da história da televisão pública, com um investimento de R$ 15 milhões na produção de conteúdos audiovisuais baianos inéditos, entre séries e filmes, com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) da Agência Nacional de Cinema (Ancine) e exibidos na TVE.

 

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Serviço:

Série Seculares estreia na TVE

Quando: Terças-feiras (a partir do dia 14), às 20h30. Horários alternativos: quintas-feiras às 19h e domingos às 12h.

Onde: TVE e tve.ba.gov.br 


Maio Fotografia no MIS 2024

Museu retoma programa anual dedicado exclusivamente ao universo da fotografia. Público confere, a partir de 10 de maio, sete mostras individuais – de artistas renomados e novos talentos –, permeadas pelo fio condutor do fotojornalismo, linha curatorial desta edição

Em 2024, o Museu da Imagem e do Som (instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo) volta a dedicar um espaço na agenda de programação para exposições exclusivamente de fotografia, com obras de artistas nacionais e internacionais, já consagrados e novos talentos, com o Maio Fotografia no MIS. A programação se completa com lançamentos de livros, mostras paralelas, conversas com artistas, cursos e diversas atividades relacionadas ao mundo da fotografia inseridas na agenda do Museu. 

Com curadoria do diretor-geral do MIS, André Sturm, integram esta edição séries individuais de: Sebastião Salgado, aclamado fotógrafo brasileiro, numa série jamais vista sobre a Revolução dos Cravos em Portugal, 50 anos atrás; Thereza Eugênia, fotógrafa baiana que registrou de forma íntima o convívio de artistas brasileiros no Rio de Janeiro das décadas de 1960 a 1980; Sergio Poroger, que traz um resgate, esteticamente belo e ao mesmo tempo triste e necessário, dos cinemas de rua do Brasil e do mundo; Gabriel Chaim, experiente fotojornalista paraense, que cobriu diversas guerras, em registro do seus últimos dez anos na linha de frente da missão de registrar, em imagens, esses horrores e reunir as fotografias em exposição inédita e lançamento de livro; e Bruno Mathias, fotógrafo selecionado pelo programa Nova Fotografia do MIS, com uma produção que nos remete à fantasia de paisagens tradicionais. Além dos fotógrafos mencionados, a exposição conta com uma seleção da Coleção Allan Porter, trazendo imagens icônicas da memória coletiva do séc. XX e uma curadoria especial na coleção do próprio Acervo MIS, com quatro fotógrafas engajadas e com diferentes perspectivas por trás das lentes.

 

“Após 12 anos de sua estreia e de sete edições realizadas, retomamos o projeto Maio Fotografia no MIS em sua essência: uma verdadeira ocupação fotográfica por todo o Museu, contemplando desde novos talentos até grandes nomes nacionais e internacionais do meio”, afirma André Sturm, diretor-geral do MIS e curador geral da exposição.

Confira, a seguir, todas as exposições presentes no Maio Fotografia no MIS 2024:

 

 “50 anos da Revolução dos Cravos em Portugal” | Sebastião Salgado

O renomado fotógrafo Sebastião Salgado apresenta uma série inédita, com curadoria do jornalista Leão Serva. A partir de registros feitos por Sebastião na déc. de 1970 em Lisboa, na cobertura da Revolução dos Cravos a exposição exibe fortes imagens enquanto o fotógrafo era membro da Agência Magnum. As mais de 50 fotografias ficaram guardadas pelos últimos 50 anos e vem à público pela primeira vez no aniversário de um dos maiores marcos da história de Portugal e da democracia na Europa.

“10 anos de guerras sem fim” | Gabriel Chaim

O trabalho do premiado fotógrafo e cinegrafista paraense Gabriel Chaim, que há uma década se dedica a documentar guerras e crises humanitárias no Oriente Médio, na Europa e na África, ganha sua primeira retrospectiva. Em maio, o lançamento do livro “Gabriel Chaim: 10 anos de guerras sem fim”, da editora Vento Leste, e a abertura da exposição homônima, no projeto Maio Fotografia no MIS, trazem ao público um conjunto de imagens que sintetizam a trajetória e as visões do fotógrafo de conflitos recentes ou em curso na Síria, no Iêmen, na Líbia, na Armênia, no Iraque e na Ucrânia. Com curadoria do jornalista Fernando Costa Netto, livro e exposição ressaltam a perspectiva única que as imagens de Chaim oferecem sobre o conturbado panorama internacional desse início de século, além de reafirmar sua relevância como documento histórico, já reconhecida no cenário internacional.

 

No dia 22 de maio, o fotógrafo realiza o lançamento de seu livro, seguido por bate-papo, no Auditório MIS, com entrada gratuita.

Havi Zarai, Iraque, West Mosul (2017) | crédito: Gabriel Chaim

“Encontros” | Thereza Eugênia

A baiana Thereza Eugênia frequentava as rodas culturais mais ativas no Rio de Janeiro entre as décadas de 1960 e 1980. Sua amizade com o produtor musical Guilherme Araújo e diversos artistas lhe permitiram, a princípio como um hobby, fotografar as estrelas em momentos dos mais variados. A exposição “Encontros” retrata figuras muito conhecidas do grande público em situações comuns do dia a dia. Nomes como Chico Buarque, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Ney Matogrosso, Gal Costa, Gilberto Gil, Fafá de Belém, Djavan, Gonzaguinha, Zezé Motta, Roberto Carlos estão na exposição através do sensível olhar de Thereza Eugênia.  

Chico Buarque e Gal Costa (Rio de Janeiro, 1976) | Crédito: Thereza Eugênia

“Mulheres na frente e por trás das câmeras” | Acervo MIS

O Museu da Imagem e do Som tem o acervo com a maior quantidade de itens entre todos os museus da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, somando mais de 250 mil; somente a coleção fotográfica conta com aproximadamente 140 mil exemplares, com imagens produzidas desde o século 19 até o ano de 2023, e continua em constante atualização com novas incorporações.

 

Desse vasto mosaico de imagens realizadas não só em períodos, mas em suportes diferentes e com temas mais diversificados ainda, a exposição destaca quatro nomes: a inglesa radicada no Brasil Maureen Bisilliat, a cubana Maria Eugenia Haya (Marucha), a paulistana Lucila Wroblewski e a sérvia radicada no Brasil Gordana Manić. Elas oferecem um sucinto panorama da representação feminina na coleção. São mulheres que nos dão uma perspectiva multigeracional e multiétnica da plural produção fotográfica da década de 1960 até o final da primeira década dos anos 2000.

Fazendo bigoudis (década de 1960) / Crédito: Maureen Bisilliat

“Como a história foi contada” | Coleção Allan Porter

Adentrando a “Era de Ouro” do fotojornalismo (que contempla o período que cerca as Guerras Mundiais), esta exposição exibe dezenas de imagens da “Coleção Allan Porter”, cedidas ao MIS por Wulf Rössler. O fotojornalista Allan Porter, falecido em 2022, resguardou aproximadamente três mil negativos, cromos, ampliações em papel fotográfico e papel japonês de diversos fotógrafos que tiveram seus trabalhos publicados durante os 15 anos em que ele esteve à frente da cultuada Revista Camera (1966 – 1981). Para o Maio Fotografia no MIS 2024, foram selecionadas mais de 60 fotografias de momentos históricos ao redor do mundo dentro desse recorte temporal, muitas delas ganhadoras do aclamado prêmio Pulitzer.

Batalha de Iwo Jima (1945), em foto ganhadora do prêmio Pulitzer | crédito: Joe Rosenthal

“Infravermelho, uma realidade oculta” | Bruno Matthas | Nova Fotografia

O público do MIS passará a enxergar com outros olhos paisagens ora cotidianas da cidade e estado de São Paulo. Por meio do uso da tecnologia infravermelho aplicada a fotografias, o artista Bruno Mathias passa a revelar um universo onírico e por vezes distópico.

 

A exposição é a segunda mostra de 2024 do projeto Nova Fotografia do MIS, que seleciona novos talentos da fotografia nacional por meio de convocatória anual.

Rio Tietê, na cidade de Suzano/SP | crédito: Bruno Mathias

“Uma rua chamada cinema” | Sergio Poroger

Nesta exposição, com curadoria de João Kulcsár, somos convidados por Sergio Poroger a embarcar em uma jornada imagética pelo universo do cinema de rua, onde cada esquina nos conduz a novas aventuras, revela alguns segredos e nos transporta para o fascinante universo paralelo da sétima arte. Em cada clique, o fotógrafo revela sua paixão e reverência pela sétima arte. Suas fotografias retratam não apenas os espaços físicos, mas também as pessoas que trabalham incansavelmente nos bastidores para que um filme ganhe vida numa sala de cinema, desde os bilheteiros até os projetistas, passando pelos vendedores de pipoca. É, portanto, uma homenagem não apenas à arte do cinema, mas também aos profissionais que tornam possível essa mágica. 

Cinema Iluzjon (Kino Iluzjon) –- Varsóvia, Polônia (2023) | crédito: Sergio Poroger

Programação paralela

Além das exposições, o mês de maio está recheado de outras atividades voltadas ao mundo da fotografia – todas com entrada gratuita.

– 11/5: lançamento do livro “Thereza Eugênia: Portraits 1970-1980” (2ª eição, Editora Motriz);

– 18/5: abertura exposição de Claudio Edinger + Bate-papo e lançamento de livro do fotógrafo;

– 22/5: bate-papo com Gabriel Chaim e lançamento do livro “10 anos de guerras sem fim” (Editora Vento Leste)

Cursos

Durante todo o ano, o MIS promove cursos em diversas áreas do conhecimento – e fotografia não poderia estar de fora, seja ela digital, seja analógica. No site oficial do Museu, você confere a lista completa de opções disponíveis: mis-sp.org.br/cursos

 

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XP apresenta a exposição Maio Fotografia no MIS 2024.

A programação é uma realização do Ministério da Cultura, Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas de São Paulo e Museu da Imagem e do Som, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A mostra conta com patrocínio das empresas Sabesp, Suzano e Enseada, apoio das empresas Ségur States e NaNaYa e apoio cultural da Folha de S.Paulo e JC Decaux. O MIS tem patrocínio institucional das empresas Livelo, B3, John Deere, NTT Data, TozziniFreire Advogados e Grupo Comolatti e apoio institucional das empresas Vivo, Grupo Travelex Confidence, PWC, Colégio Albert Sabin, Unipar e Lenovo. O apoio operacional é da Telium, Kaspersky, Pestana Hotel Group, Quality Faria Lima, Hilton Garden Inn São Paulo Rebouças, illycaffè e Sorvetes Los Los.

 

Sobre o Clube MIS 

O Clube MIS é o programa de sócios do Museu da Imagem e do Som de São Paulo. Sendo membro, você possui acesso livre a todas as exposições do MIS e do MIS Experience, desconto nos Cursos MIS e benefícios em mais de 40 instituições parceiras, incluindo museus, teatros, cinemas, casas de show e muito mais! Conheça: clubemis.com.br

 

 

SERVIÇO

Maio fotografia no MIS 2024

Data: a partir de 10 de maio

Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia); grátis às terças-feiras e, na terceira quarta-feira do mês, graças a uma parceria com a B3, a entrada também é franca.

Classificação indicativa: 10 anos 

 

Museu da Imagem e do Som – MIS 

Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo| (11) 2117 4777 | www.mis-sp.org.br


Canecão ganha vida com projeto de complexo multicultural e consórcio divulga cronograma de ações para reabertura no Rio de Janeiro

O lendário Canecão, um ícone da cultura carioca e brasileira, está prestes a renascer. Após meses de intenso trabalho nos bastidores, depois da assinatura da homologação do leilão realizado em 2023, o Consórcio Bonus Klefer, composto pelas empresas Bonus Track Entretenimento e KLEFER, está se preparando para dar os primeiros passos no processo de reconstrução e continuidade do Canecão. O consórcio, que venceu o processo de licitação para assumir a concessão da casa por 30 anos, tem o objetivo de preservar sua rica história enquanto reconstrói o espaço, para atender às expectativas do público contemporâneo. 

 

O projeto

Com as licenças de obra em mãos e projeto definido, o renascimento do Canecão, que terá um investimento total de R$170 milhões (englobando todas as benfeitorias), irá oficialmente começar a sair do papel, com um cronograma de ações e start oficial a partir de maio de 2024.  João Niemeyer foi o nome escolhido para assinar o projeto do novo empreendimento. O arquiteto tem o desafio de, além da casa de show em si, dar contorno a um verdadeiro complexo multicultural, com 15.000m² de terreno em concessão e um total de 18.000m² de área construída, dividida em cinco pavimentos (subsolo, térreo e 3 andares). A grande inauguração está prevista para o primeiro trimestre de 2026.

 

“O Canecão é o palco mais importante da música popular brasileira até hoje, que foi por muito tempo a grande referência de entretenimento do Rio de Janeiro. E agora vai ser mais do que era. O projeto previsto é um espaço multiuso que fomenta a cultura de diversas formas, dinâmicas e formatos. Teremos um palco onde será possível fazer qualquer tipo de apresentação, mais de uma configuração de plateia... Além de restaurantes, bares, espaço de experiências cênico-gastronômicas... Sem dúvidas, iremos mudar a concepção de casas de entretenimento no Rio de Janeiro e no Brasil. Depois de muito tempo, estamos partindo para um projeto totalmente novo, minucioso, com uma equipe de altíssimo nível envolvida. Será um marco na cultura brasileira, um grande presente para os cariocas”, comentou João Niemeyer.

 

Como grande objetivo do projeto, o Canecão será um agente ativo de fomento à cultura brasileira. E, com isso, o complexo está dividido em sete diferentes unidades de negócio. A começar pela grande sala (onde serão realizados os shows, concertos, peças e apresentações gerais), que terá 3.300m² (divididos em três pavimentos) e capacidade total para até 6 mil pessoas. O público também será presenteado com um espaço dedicado ao ilustrador e escritor Ziraldo, onde seu famoso painel será totalmente reformado e preservado. Será um local de homenagem e reverência a esse grande mestre que nos deixou no início de abril, onde seu nome será eternizado e sua influência continuará inspirando gerações. O espaço multiuso, com 600m², será voltado para a realização de pocket shows e eventos sociais e corporativos.

 

O Canecão trará também um Espaço de Exposições (para mostras artísticas visuais) em um espaço de 500m², além de um ambiente inovador voltado para experiências cênico-gastronômicas, que irá ocupar uma área de 1.000m². O Complexo contará também com um estúdio criativo e com um centro de memórias - espaço dedicado à história da casa com curadoria e acervo exclusivo, ocupando um espaço de 1.000m².

 

Na área anexa, um grande bosque ao ar livre, rodeado de árvores centenárias e paisagismo exclusivo, gratuito, voltado para para todas as idades, terá funcionamento independente das demais atividades, oferecendo uma programação agradável e com a cara do Rio de Janeiro. Um novo ponto de encontro do carioca, com 5.000m² de área verde descoberta, ideal para receber feiras, pequenos eventos e experiências gastronômicas de toda a cidade.

 

Novidades na UFRJ

 

Como parte das contrapartidas para a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), dona do terreno, o consórcio Bonus Klefer irá construir um Centro Acadêmico com 80 salas de aula, além de um Refeitório com capacidade para até 2.500 refeições ao dia. A Universidade também terá datas para uso nos espaços do Complexo Cultural Canecão, além de benefícios acadêmicos. A área construída é de 10.000m², somando as duas novas construções.

 

Roberto Medronho, reitor da UFRJ, comentou sobre o novo projeto do Canecão. “Estamos muito entusiasmados, é um projeto robusto, consistente. Esperamos brevemente ter essa casa de espetáculos absolutamente fantástica disponível para a sociedade carioca e para o país. Para nós, é uma honra estarmos neste momento em uma iniciativa como essa, o Canecão faz parte da história da música brasileira, da história da cultura do nosso país. Através de um acordo de concessão com o consórcio, estamos fazendo com que a nossa missão seja dada à sociedade, que é o acesso à cultura, às artes. Através dessa, teremos muitas atividades tanto para a casa como também para a UFRJ. Teremos benefícios fantásticos para os nossos alunos, especialmente para os mais vulneráveis. Teremos um grande pavilhão de aulas, pilotis para interação dos alunos, novas salas de aula de altíssimo nível, além da construção de um restaurante universitário no Campus da Praia Vermelha, que era uma reivindicação antiga dos alunos e dos funcionários”, celebra Medronho.

 

Primeiros passos - Fomento à cultura, espaço para novos artistas e ações sociais

 

Como pontapé inicial no projeto de revitalização do espaço, o consórcio Bonus Klefer anuncia a criação de um Tapume Arte em todo o entorno do terreno, que está sendo desenvolvido e pensado como uma obra de arte informativa para a cidade, com fotos e histórias do Canecão, além de interação com as pessoas que passarem durante todo o período de obras.

Nos próximos meses, será lançado o documentário “Canecão: tantas emoções”, dirigido por Bruno Levinson e produzido por Clélia Bessa, que terá a participação de grandes nomes da cultura brasileira. A obra já está em fase de pós-produção, com parceria do consórcio Bonus Klefer.

 

Além disso, será inaugurada ainda em 2024, já no segundo semestre deste ano, uma praça temporária externa do Canecão. O espaço terá maquete do projeto, materiais explicativos, ativações de marcas parceiras, além de um palco para pequenas apresentações de novos artistas, colocando o público e o meio musical no clima do Canecão desde já, antes mesmo da sua reabertura.

 

“Após um período de silêncio e saudade, o lendário Canecão irá retornar como um grande complexo cultural. Nosso objetivo é preservar, enaltecer e dar continuidade a um dos palcos mais importantes do Brasil. Todas as iniciativas que compõem o renascimento do complexo Canecão, transbordando o espaço físico e abraçando o papel do projeto como uma verdadeira plataforma de cultura. Nós vamos escrever juntos as próximas décadas da história da cultura popular brasileira”, comentou Kleber Leite, fundador e sócio do Grupo KLEFER.

 

“É um projeto muito diferente do que já foi visto anteriormente. Será um desafio muito grande, trata-se de um projeto enorme, com alto investimento e com alta responsabilidade, por se tratar de um espaço que faz parte da história da música brasileira. Nossa meta é dar continuidade a esse legado que o Canecão construiu e trazer novamente esse ativo cultural tão importante para o Rio de Janeiro. Por ser um ícone da cidade e por se transformar agora em um espaço multiuso que vai além dos shows, acreditamos que o Canecão irá se tornar uma importante atração turística da cidade”, conclui Luiz Oscar Niemeyer, da Bonus Track.

 

Sobre o Consórcio Bonus Klefer:

 

A parceria entre as empresas Bonus Track Entretenimento e KLEFER é antiga. Na década de 90, se uniram para abrir a casa de espetáculos Imperator, no Méier, local que fez história na cultura carioca, recebendo nomes nacionais e internacionais como Bob Dylan, Tim Maia e Stevie Wonder. Em 2023, as duas companhias se uniram em um consórcio e venceram o processo de licitação para assumir a concessão do Canecão por 30 anos.

 

A Bonus Track é responsável pelos principais eventos de entretenimento, cultura e música dos últimos anos. A empresa foi a responsável por trazer Madonna para o Brasil este ano (‘The Celebration Tour in Rio’) e esteve à frente também do histórico show dos Rolling Stones em Copacabana em 2016 e todas as passagens de Paul McCartney pelo país. Luiz Oscar Niemeyer é considerado um dos maiores nomes do entretenimento nacional e foi responsável por trazer pela primeira vez ao Brasil nomes como Nirvana, Bob Dylan, Red Hot Chilli Peppers, Beyoncé, Miley Cyrus, Rihanna entre outros. A empresa também abriu novas frentes de atuação como a inauguração do Teatro XP (atualmente Teatro I Love PRIO), em 2017, que é hoje uma das maiores referências para as artes cênicas no país, além de idealizar os festivais MITA e Doce Maravilha.

 

Com 40 anos de experiência, a KLEFER é reconhecida como um dos principais players de captação de patrocínio e gestão de projetos e negócios do país. Com uma atuação 360°, a agência possui projetos em esporte, entretenimento, games e foca hoje no desenvolvimento, ativação e gestão de projetos autorais para o esporte e também para o mercado de entretenimento. Através de parcerias sólidas com as maiores marcas do mercado, o Grupo KLEFER é especialista em desenvolver soluções sob medida para seus clientes, viabilizando projetos nos ambientes online e offline. O Grupo já trabalhou com mais de 400 empresas e marcas, movimentando mais de R$1 bilhão em valor de venda de patrocínios em projetos autorais e parceiros e impactando mais de 2,8 bilhões de fãs no Brasil. Em seu portfólio, a agência já possui projetos desenvolvidos para marcas como Sky, Coca-Cola, TikTok, Ambev, Itaú, McDonald 's, Elo, Continental, entre outras.

 

IMAGENS: Divulgação Consórcio Bonus Klefer


Secel promove shows e festivais de teatro em Cuiabá e no interior do Estado

A primeira ação será em Cuiabá, nesta sexta-feira (3), e a próxima em Campo Novo do Parecis, de 8 a 12 de maio

uiabá, Alta Floresta, Campo Novo do Parecis e Sorriso recebem neste mês de maio e em junho shows de música e festivais de artes cênicas realizados via Edital Viver Cultura, da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT). Os projetos integram o leque de 266 ações selecionadas no chamamento público, que conta com R$ 10 milhões de investimentos em atividades de formação, experiências artístico-culturais, mostras, festivais e outros.
A primeira ação será em Cuiabá, com o show Canto-Transição, da artista Renata Crizanto. O espetáculo inédito traz 13 músicas autorais de MPB, com melodias que vão do pop ao guarânia (estilo musical paraguaio que inspirou o sertanejo). A apresentação será nesta sexta-feira (03.05), às 20h, no Teatro do Cerrado Zulmira Canavarros.
A cantora seguirá para Alta Floresta, onde encontra o público da sua cidade natal, no dia 17 de maio, às 20h, no Teatro Agostinho Bizinoto. Lá, ela também irá participar de atividades de formação, no dia 18 de maio. Serão oferecidas oficinas de produção cultural, baixo e etapas da produção musical, a partir das 14h, no Centro Cultural - Praça da Cultura.
Show Canto-Transição, da artista Renata Crizanto, foi selecionado no Edital Viver Cultura
Créditos: Divulgação

"É a concretização de um sonho poder levar e mostrar a minha música a duas cidades que fazem parte da minha história. Eu me sinto muito honrada de poder oferecer a minha música ao público", destacou Renata. A entrada em ambos eventos é gratuita. Em Cuiabá, a organização está pedindo doação de um brinquedo novo ou em bom estado de conservação.
Também viabilizados pelo Edital Viver Cultura, da Secel, serão realizados festivais de artes cênicas em Campo Novo do Parecis e Sorriso. Os projetos contarão com apresentações teatrais de grupos regionais e do país, com oferta de cultura e lazer para a população.  
O 16º Festival de Teatro de Campo Novo do Parecis (Femute) será realizado entre os dias 8 e 12 de maio, incluindo espetáculos para todas as idades. Entre os grupos, artistas e coletivos estão representantes de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, além da presença de artistas mato-grossenses.
Espetáculo Iatundê, do Teatro Ogan, é uma das atrações do 16º Femute
Créditos: Divulgação

O festival é realizado pelo Teatro Ogan, fundado em 1995, e sendo um dos mais antigos grupos em atuação ininterrupta no Estado. A atuação do grupo é por meio do Ponto de Cultura Ninho do Sol, que mantém projetos de artes, educação e cidadania, voltados especialmente a crianças e adolescentes.
O evento, que teve sua última edição em 2015, será realizado neste ano com espetáculos selecionados via edital. As apresentações serão divididas entre as mostras oficial, com as peças dos grupos Karma Coletivo de Artes Cênicas (SC), Cia de Teatro Kaos (PR), Palhaço Fusquinha (SP) e Cia Tantan (SP).
A mostra estadual contará com participação dos grupos Tibanaré (Cuiabá), Penumbra (Cuiabá), Du Cafundó (Rondonópolis) e artista Wellini dos Santos Izidre (Primavera do Leste). Já a mostra local terá os grupos  de Campo Novo do Parecis (Teatro Ogan, Grupo Cena7 e Revelação Teen).
O festival ainda conta com espetáculos da mostra de cenas curtas, com duração de 10 a 20 minutos, na qual participam os grupos Associação Ciranda (Barra do Garças), Plenilúnio (Cáceres), Gira (Cuiabá) e artista Iram de Almeida (Cáceres).
Espetáculo Asas da Poesia, da Cia de Teatro e Audiovisual Contrastes, foi uma das atrações do 14º Festival de Artes Cênicas de Sorriso
Créditos: Divulgação

O 15ª Festival de Artes Cênicas de Sorriso, que será realizado de 10 a 15 de junho, também está sendo viabilizado via Edital Viver Cultura e está com inscrições abertas para grupos e artistas que concorrerão ao prêmio Francisco Donizete de Lima. As inscrições podem ser feitas gratuitamente até 13 de maio pela internet.
Ao todo, serão selecionadas apresentações de teatro para palco e de rua, circenses e de dança, além de outras expressões artísticas. Serão seis dias de programação com espetáculos para as mostras infantil, juvenil, adulto e misto. Além disso, o evento irá proporcionar atividades de formação como workshops e oficinas para os profissionais da cultura e público iniciante.
O festival foi criado pelo professor Francisco Donizete de Lima em 2007, com o objetivo de difundir o teatro e proporcionar lazer, reflexão social e valorização para a cultura da região. Após o falecimento do fundador, passou a ser realizado pela Associação Cultural Ribalta, que assumiu o projeto em 2012.

Espetáculo Iatundê, do Teatro Ogan, é uma das atrações do 16º Femute
Créditos: Divulgação

Serviço:
Show Canto -Transição – de Renata Crizanto 

03/05 – Cuiabá (Teatro do Cerrado Zulmira Canavarros), às 20h. Entrada: um brinquedo novo ou em bom estado de conservação.
17/05 - Alta Floresta (Teatro Agostinho Bizinoto), às 20h. Entrada gratuita
16º Femute - Festival de Teatro de Campo Novo do Parecis
Período: 08 a 12 de maio
Mais informações: Instagram @teatroogan
15º Festival de Artes Cênicas de Sorriso
Período: 10 a 15 de junho
Inscrições para grupos e artistas: Link AQUI
Mais informações: Instagram @facesfestivaldeartes e @ribaltasorrisense

Prefeito Daniel Rosa do Lago e Vice Terezinha Leão entregam mobiliários escolares em Porto Alegre do Norte

Na última manhã de sexta-feira dia 12 de abril o prefeito municipal de Porto Alegre do Norte, Daniel Rosa do Lago juntamente com a Vice -Terezinha Leão realizaram a solenidade de entrega de mobiliários escolares na sede da Secretária Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer. A entrega desses mobiliários são essenciais para o ambiente escolar. A secretaria de Educação Elenir Afonso destacou a importância deste momento " Cada vez mais a gestão municipal tem investido na educação com mobiliários, merenda de qualidade e otimização das salas de aulas e ambientes escolares, assim como na formação dos profissionais, e o resultado é o destaque que o município vem tendo no estado, Porto Alegre do Norte ficou em 1º lugar como município que mais capacitou seus profissionais. O Prefeito Municipal também falou sobre esse momento  "Investir na educação é a certeza de um futuro melhor, e um dos meus principais objetivos quando assumi como Prefeito foi esse, transformar e dar uma qualidade de ensino de primeira para nossas crianças. A prova disso é que eu recebi os parabéns do Governador Mauro Mendes pessoalmente em Cuiabá pelo destaque que nossa cidade vem tendo no estado em relação a educação". Foram entregues os seguintes itens relacionados abaixo:

•Creche Maria Nilza: 60 jogos de cadeiras com mesa colorida, 01 armário, cadeiras e arquivo.

• Creche Maria Viana: 60 jogos de cadeiras com mesa colorida,01 armário, cadeiras e arquivo.

• Escola Tapirapé: 20 jogos de mesa e cadeira,01 armário, cadeiras e arquivo.

• Escola São Geraldo: 01 armário, 01 arquivo, 01 cadeira.

• Escola Boa Esperança: 01 armário, 01 arquivo, 01 cadeira.

• Escola de Nova Floresta: 206 carteiras, 01 armário, 01 arquivo, 01 cadeira.

Este evento é uma demonstração do compromisso da gestão municipal com a qualidade da educação e o bem-estar dos alunos e professores. Estiveram presentes na cerimônia os Vereadores Jeferson Magrinho, Aldenor Lima e Zé Carlos Leiteiro, a Secretaria Municipal de Educação Elenir Afonso da Silva, diretores e professores municipais e toda a equipe de servidores da Educação.

•Creche Maria Nilza: 60 jogos de cadeiras com mesa colorida.

• Creche Maria Viana: 60 jogos de cadeiras com mesa colorida.

• Escola Tapirapé: 20 jogos de mesa e cadeira.

• Escola São Geraldo: 01 armário, 01 arquivo, 01 cadeira.

• Escola Boa Esperança: 01 armário, 01 arquivo, 01 cadeira.

• Escola de Nova Floresta: 206 carteiras, 01 armário, 01 arquivo, 01 cadeira.

Este evento é uma demonstração do compromisso da gestão municipal com a qualidade da educação e o bem-estar dos alunos e professores. Estiveram presentes na cerimônia os Vereadores Jeferson Magrinho, Aldenor Lima e Zé Carlos Leiteiro, a Secretaria Municipal de Educação Elenir Afonso da Silva, diretores e professores municipais e toda a equipe de servidores da Educação.


MinC divulga resultado da primeira fase do programa Rouanet nas Favelas

Lista inclui apenas propostas que cumpriram regras do edital e estão habilitadas a seguir no processo seletivo

Já está disponível para consulta o resultado provisório de habilitação do Programa Rouanet nas Favelas , que vai apoiar, via mecanismo de incentivo fiscal pela Lei Rouanet, projetos nos territórios de favela das capitais Belém (PA), São Luís (MA), Fortaleza (CE), Salvador (BA) e Goiânia (GO) e suas respectivas regiões metropolitanas. Nessa primeira lista estão todas as 330 propostas inscritas, com a indicação das que cumpriram ou não as exigências do edital, sem análise de conteúdo por enquanto. Os proponentes inabilitados nesta fase têm até o dia 12 de abril para apresentar recursos.

Na fase de habilitação, a Diretoria de Fomento Indireto (DFIND) da Secretaria de Economia Criativa e Fomento Cultural (Sefic) do Ministério da Cultura identificou se os candidatos cumpriram o prazo de inscrição, se a proposta está de acordo com a área e o segmento cultural citados, se a sede ou residência do proponente está nos territórios de favela previstos no edital e se o valor proposto segue o limite da seleção. Além disso, todas as propostas precisam se enquadrar no artigo 18 da Lei Rouanet, que elenca os segmentos culturais atendidos.

Os recursos apresentados ao resultado provisório serão analisados até dia 3 de maio, quando será publicada a lista final da fase de habilitação. A partir daí começa a fase de celebração do chamamento público, com a análise da Comissão de Seleção. Cada proposta será avaliada por pelo menos dois integrantes do colegiado, que levará em conta para as notas os seguintes critérios:

  • Conceito / conteúdo:análise da clareza do objeto e dos objetivos da proposta, da contribuição para o desenvolvimento econômico local e do impacto da proposta na geração de empregos e retorno social no território onde as ações serão executadas.
  • Currículo do proponente / Viabilidade Técnica:análise da experiência das equipes técnicas envolvidas na proposta, do histórico de atuação na localidade em que o projeto será desenvolvido, viabilidade de cronograma e consistência de orçamento.
  • Promoção da Cidadania e Diversidade Cultural:análise da oportunidade de uma maior diversidade de agentes culturais envolvidos, bem como a diversidade do público beneficiado atingido.
  • Criatividade / Ineditismo:análise da originalidade e do ineditismo da proposta, considerando o(s) território(s) onde será executada, as linguagens artísticas, os conceitos propostos, a atratividade e a participação de novos agentes culturais.
  • Desdobramento / Replicabilidade:impacto social para o público e para a comunidade, ações de democratização, recursos de acessibilidade e gratuidades oferecidos e possibilidade de replicação do projeto em outros territórios.

O resultado provisório da última etapa da seleção será divulgado no dia 24 de maio, com prazo para apresentação de recursos até 31 do mesmo mês. No dia 14 de junho será publicado o resultado final do edital, com a lista dos contemplados que devem receber incentivo de até R$ 200 mil cada para realizar ações culturais entre 1º de setembro de 2024 e 30 de dezembro de 2025.

O Programa

O Edital Rouanet nas Favelas é fruto do Termo de Compromisso de Incentivo celebrado entre o MinC, a Vale, o Instituto Vale Cultural e a Central Única das Favelas (CUFA). “O programa foi criado justamente para garantir a participação de produtores de lugares historicamente menos favorecidos pela Lei Rouanet e já vulnerabilizados socialmente, além de induzir o investimento em projetos com potencial de promover o desenvolvimento local dos territórios de favelas”, explica o secretário de Economia Criativa e Fomento Cultural (Sefic) do MinC, Henilton Menezes.

A iniciativa também cumpre o objetivo de democratizar e nacionalizar os recursos incentivados pela Lei Rouanet, como prevê o art. 50 do Decreto nº 11.453/2023, que “dispõe sobre os mecanismos de fomento do sistema de financiamento à cultura”.
Os locais que receberão os recursos previstos no edital foram definidos porque registram baixo índice de projetos aprovados para captação de valores e já contam com a atuação da Vale, patrocinadora do programa.

Link: https://www.gov.br/cultura/pt-br/assuntos/noticias/minc-divulga-resultado-da-primeira-fase-do-programa-rouanet-nas-favelas


Nunca mais o país entrará na escuridão do fim da cultura, diz Lula

Presidente participou da 4ª Conferência Nacional de Cultura

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (4) que é preciso defender a cultura no Brasil em todas as suas vertentes. Ele participou da abertura da 4ª Conferência Nacional de Cultura, após mais de 10 anos sem a realização do evento no país. 

“Nunca mais esse país entrará na escuridão do fim da cultura porque queremos as luzes acesas”, disse, lembrando que o Ministério da Cultura foi extinto no governo anterior e recriado em seu terceiro mandato. 

Ele também ressaltou a necessidade da criação de comitês de cultura em todas as capitais e disse que o povo deve se apoderar do movimento no país. “Quando o povo se apoderar da cultura, nenhum presidente poderá ofender a cultura, nem dizer que a Lei Rouanet é para sustentar vagabundo”, destacou Lula, lembrando episódios de perseguição do governo anterior a artistas, tentativas de censura e a paralisação de leis de incentivo ao setor. 

Brasília (DF), 04/03/2024, O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abre oficialmente a 4ª Conferência Nacional de Cultura, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Foto: Ricardo Stuckert/PR
Brasília (DF) - O presidente Lula abre oficialmente a 4ª Conferência Nacional de Cultura. Foto: Ricardo Stuckert/PR

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, agradeceu a sensibilidade do presidente Lula ao recriar o Ministério da Cultura e possibilitar a retomada da conferência, que, segundo ela, é um direito de todo o setor cultural. "Agora sim, o Ministério da Cultura está de volta, maior e mais fortalecido". 

Com o tema “Democracia e Direito à Cultura", a conferência vai até a próxima sexta-feira (8). São esperados mais de 3 mil participantes de todo o Brasil. O objetivo é debater políticas públicas e definir orientações prioritárias para assegurar transversalidades nas ações do setor. As propostas aprovadas durante a conferência vão embasar as diretrizes do novo Plano Nacional de Cultura (PNC), que norteará a pasta na próxima década.

“A elaboração do Plano Nacional de Cultura traçará o mapa de percurso do que queremos: políticas de cultura que sejam acessíveis, transversais e capitalizadas”, disse a ministra. 

O evento é realizado pelo Ministério da Cultura e Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC), em parceria com a Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI). 

Palestina 

O poeta pernambucano Antônio Marinho iniciou o evento declamando dois poemas destacando o momento histórico do retorno da conferência. Durante sua fala, ele ergueu uma bandeira da Palestina e gritou: "Viva o povo palestino livre e soberano", e e foi aplaudido de pé por todos os presentes. 

Depois, o próprio presidente Lula falou sobre o assunto. “Com o tempo, a gente vai provar que eu estava certo. O povo palestino tem que ter o direito de viver, de criar o seu país. Você não pode anunciar comida e mandar torpedo, mandar morte para aquelas pessoas”, disse. 

Lula também comentou a respeito do ato promovido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que reuniu apoiadores em manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, na semana passada. “Aquele ato é de um cidadão que sabe que fez caca, que sabe que fez uma burrice, que sabe que tentou dar um golpe e que sabe que irá para a Justiça e que será julgado. E se ele for julgado, ele pode ser preso e está tentando escapar”, disse.

Participação 

Brasília (DF), 04/03/2024, O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abre oficialmente a 4ª Conferência Nacional de Cultura, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Foto: Ricardo Stuckert/PR
Brasília (DF) - Abertura da 4ª Conferência Nacional de Cultura. Foto -Ricardo Stuckert/PR

A conselheira nacional de Cultura Daiara Tukano destacou a força da cultura indígena. “Somos cultura viva e vivemos e morremos defendendo nossa cultura e expressões culturais que resistem a todo tipo de violência”. Para ela, a Conferência é um local de escuta e pactuação das demandas para a reconstrução de um cenário “onde muitas vezes faltam ouvidos públicos atentos para a voz da sociedade civil”. 

A secretária dos Comitês de Cultura, Roberta Martins, disse que os quase 11 anos sem a realização do evento trouxeram “desesperança, morte, tristeza e a destruição do nosso setor”. “Mas também nos mostra que é a democracia o nosso negócio. O direito à cultura tem que ser compreendido como uma forma de fortalecer o Estado Democrático de Direito”. 

A abertura da conferência também contou com apresentações de danças tradicionais e modernas, com os grupos Cria, Raízes da terra, Manifesto Cultural Popular e Grupo Tchê.

Edição: Carolina Pimentel


No dia 2 de março de 2024, o poeta torixorino Vanney Neves, lança o livro de poemas "Priimaveras Destoantes"

No dia 2 de março de 2024, o poeta torixorino Vanney Neves, lança o livro de poemas "Priimaveras Destoantes", de publicação independente, pela VL Produções Artísticas. O lançamento da obra literária e sessão de autógrafos será aberta ao público e terá início a partir das 19h, na programação do 1º Festival Cultural de Torixoréu, evento organizado pela Prefeitura de Torixoréu, através da Secretaria Mun. De Cultura, que acontecerá no Centro de Múltiplo Uso Prof.ª Lenir Neves, em Torixoréu – MT.  

Na obra, o poeta, por ele mesmo, “com os olhos de condor e a boca cheia de orvalho”, busca com a sua poesia alçar voos ao alto das cordilheiras dos seus sonhos, entoando o seu canto de amor e de luta, cantando os seus ideais e o que inventa como eu lírico pra não parar de cantar.

“A poesia de Vanney Neves rejeita o pragmatismo e o utilitarismo do tempo presente, busca por meio da arte uma intervenção na vida social, na tentativa de transformar esse modelo de sociedade classista. O processo criativo da arte permite ao sujeito estabelecer uma reflexão sobre a existência, sobre as coisas do mundo, sobre as relações humanas, sobre as contradições da realidade, mesmo que na maioria das vezes parta da negação da realidade dada, criando um universo próprio.”, descreve a criação poética, no prefácio do livro, o poeta e mestre em Estudos Literários, pela Universidade Federal de Mato Grosso, Bruno Ribeiro Silva, de Barra do Garças – MT.

A produção poética tem em suas ilustrações nas páginas do livro, a arte de Augusto Figliaggi, de Ribeirão Preto – SP. Na capa, a ilustração é do artista negro Ilustrablack, de Itajaí, em Santa Catarina, idealizada pelo autor do livro, uma homenagem ao seu sobrinho, Paulo Guilherme, que faleceu aos 11 anos, em julho de 2022. O desenho também ilustra à memória do Pinguim, o filho de quatro patas, do poeta.

“O livro “Primaveras Destoantes” é a primeira obra do poeta torixorino Vanney Neves e reúne poemas, em grande parte, da juventude do autor.  O título da obra já prediz ao leitor o que encontrará nas páginas: um antagonismo inconciliável.”, enfatiza, Bruno Ribeiro, em “convite para uma imersão” nas páginas da obra literária.

A publicação de Primaveras Destoantes resulta da aprovação de projeto do proponente/autor, fomentado pelo Edital Estevão de Mendonça de Incentivo à Literatura Mato-grossense, que foi promovido pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT). A Seleção Pública nº 06/2022/SECEL/MT, lançada em junho de 2022, apreciou projetos no segmento PUBLICAÇÃO DE OBRAS LITERÁRIAS.

Sobre o autor

Poeta, cantor, letrista, educador e fazedor de cultura, Vanney Neves Dias Moraes nasceu à margem do Rio Araguaia, na cidade de Torixoréu – Mato Grosso, em 15 de julho de 1982. O autor do livro Primaveras Destoantes é graduado em Letras – Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, pela Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT; pós-graduado em Educação Interdisciplinar. Em Torixoréu, trabalhou na equipe efetiva de Agentes Comunitários de Saúde; foi líder comunitário, elegendo-se vereador e presidente da Câmara. Através do Núcleo de Programas e Projetos da Secretaria de Estado de Educação - SEDUC / MT, atuou de 2014 a 2019, na Escola Estadual Febrônio Rodrigues, como professor do Projeto Interdisciplinar de Arte na Escola – PRINART, posteriormente denominado Projeto Arte e Comunicação (Educarte). Atualmente é Diretor da Secretaria de Cultura; presidente do Conselho de Políticas Culturais e Secretário Executivo do Fundo Municipal de Cultura.


Em Busca das Pérolas de Lilia Guerra por Gilda Portella

 

 

Quem melhor para falar sobre Lilia?

Ela mesma e se define: “Sou composta por fragmentos de outras, que vieram antes de mim, preparando o caminho. E espero também contribuir na construção e adequação dessa estrada por onde andamos ainda com cautelas, receios. Estrada que será percorrida por muitas. Procuro semear utilidades para acelerar o passo das próximas caminhantes, afastar obstáculos, alargar a passagem. Sinto que minha voz vai soando um pouco mais firme, menos tímida, à medida em que avanço. Escrever torna o volume mais potente, o tom mais límpido. Coloco minha voz à disposição das que foram silenciadas. Emudecidas. Tento resgatar o que foi dito com os olhos, com lágrimas. Estou aqui, ainda, afinal. A serviço. Na missão!”

Em feliz coincidência a conheci virtualmente no segundo semestre de 2021, no curso da Universidade das Quebradas, que conectou mulheres das múltiplas periferias brasileiras. Não sei quem amei primeiro. Seus textos ou ela mesma. Ainda guardo impacto da leitura de “Entre Roseiras e Jabutis” e “Vó”, contos de Perifobia, da oficina de leitura e escrita.

Certa noite, ela participou da aula saindo do plantão, pura generosidade! Outra feita nos brindou com sua companhia, via celular após o trabalho, indo para casa, revelando seu processo de escrita. Voz baixa e firme ao expressar sentimentos, me impressionou. Guardei Heloisa Buarque falando da genialidade e delicadeza dos “caquinhos vermelhos”. As criações das redes afetivas ficaram a cargo de Alana Francisca, Drica Madeira e Rozzi Brasil as oficineiras. Tempos depois armei-me de ousadia e me propus fazer um texto sobre e com ela.               

A romancista Lilia Guerra é autora de Amor Avenida (2014), da coletânea de contos Perifobia (2018), do romance Rua do Larguinho e outros descaminhos (2021), de Novelas, escritas para o rádio (2022), volume 1, 2,3, de Crônicas para colorir a cidade (2022), e O céu para os bastardos (2023) é seu mais recente romance.

Sua escrita exuberante é inspirada na zona leste de São Paulo, em cidade Tiradentes, espelhando em suas escrevivências sua sensibilidade de enfermeira negra do SUS, onde tudo se potencializa em vibrante pluralidade que aponta para as silenciadas e invisibilizadas.

O coração de Lilia Guerra pulsa vibrante nas margens, abrindo-se para os trabalhadores dos becos, morros, favelas, comunidades periféricas e conjuntos habitacionais, onde habita. Confessa sua ‘guerra’ interna de onde sente as cores, vozes, dores, músicas, danças, alegrias e também injustiças da vida de diaristas, domésticas, babás, patroas, manicures, cabeleireiras, comerciantes, mães solo, casadas, viúvas, estudantes, cozinheiras, enfermeiras, professoras, compondo um mosaico ora antropológico, ora sociológico de cosmovisão lilianica ou seria lilianista?  

Em contos e romance entrecruzam-se experiências das mulheres negras de sua família e de inúmeras mulheres das quebradas. Sensitiva, ela se dissolve no que ouve, observa, acolhe e conhece das-nas ruas, trens, ônibus, periferias, cozinhas e no serviço público. Atendendo aos sonhos da mãe torna-se literatura, destilando ancestralidade, sentimentos de quem caminha ao lado de outras afrodescendentes, em dores perenes que se eternizam em suas escritas.

Com a avó aprendeu amar a música, com a tia ouvia belas histórias da vida, da novela, do cinema, com a mãe conheceu os livros, os romances. A grande sensibilidade destas raízes femininas, vocacionou Lilia para manifestar nas letras, a sensibilidade das potencias adormecidas na ancestralidade.  Ela rememora:  

“Minha avó, Maria Júlia, não era alfabetizada. Ainda assim, consumia cultura nos formatos mais variados, em grande quantidade. E incentivava a todos os que a rodeavam a servirem-se também. Com ela, aprendi a amar a música. Minha tia, Júlia Maria, irmã mais velha de minha mãe, a segunda autoridade na hierarquia de nossa casa administrada exclusivamente por mulheres, me ensinou a apreciar boas histórias. Semialfabetizada, era amante de novelas impressas, de rádio e, mais tarde das televisionadas. E de cinema. Também decalcou em mim seus gostos. Ana Júlia, minha mãe estudou um pouco. O suficiente para se tornar uma leitora frequente e apaixonada. E me apresentou os livros como objetos essenciais. Introduziu a leitura em minha vida como hábito natural da rotina. Ao longo dos anos, desenvolvi algumas atividades na região onde moro, como apoio voluntário a alfabetização. Sempre desejei ardentemente que oficinas e atividades culturais contemplassem a minha vizinhança.

À certa altura, entendi que uma maneira possivelmente eficaz de me inteirar com o coletivo seria através da escrita. E a matéria-prima que utilizo em meus escritos é exatamente a que herdei das mulheres que me educaram. Negras, trabalhadoras domésticas. Guardiãs da ancestralidade. Partilharam comigo tudo o que possuíam. Sobretudo, o senso de coletividade. Me fizeram compreender que coisas boas só fazem sentido se forem compartilhadas. ”

Tal como a ostra que transforma o corpo estranho em uma pérola, ao cobri-lo com camadas de madrepérola, vejo várias camadas nos textos de Lilia que traduzem dor, pela indignação de mazelas sociais e econômicas. Assim somos premiados com a raridade dos contos, a beleza dos romances que de lágrimas, viram gotas, que viram pérolas que são lindo colar, brincos, bracelete a nos enriquecer com inspirações, cenários, personagens e tramas à moda Lilia. 

Com a voz serena e aveludada, reconecta-se ao que ouve dos grandes músicos e compositoras do samba, inspira-se nos fragmentos das múltiplas narrativas negras e recompõe esses sentimentos e emoções em suas criações literárias.  Seus escritos são obras que tornam as mulheres negras visíveis, recolocando-as ao nível das imortais, estão todas ascencionadas como nos itans.

Encerro esse texto parafraseado Lilia “a serviço, e na missão” com ela tudo fica mais fácil, sinto-me segura. Obrigada por estar comigo nesta.


PEN Clube do Brasil. Região Centro-Oeste: Mato Grosso Presente! por Gilda Portella

 

P Poetas
E Escritores
N Novelistas

Fundado em 1921, em Londres, pela escritora inglesa Catherine Amy Dowson Scott.

Instalado em 02 de abril de 1936, no Rio de Janeiro-RJ, por iniciativa do escritor Cláudio de Souza, com objetivo de congregar escritores do país em promover a literatura e a concepção universalista dos bens da cultura, da liberdade e da paz.

Presidente Atual Mundial, Jennifer Clemente, mexico-americana.
Presidente Atual Brasil, Ricardo Cravo Albin.

PEN Clube Região Centro-Oeste

Instalado em Campo Grande-MS, em 06 de novembro de 2023 com 46 Escritores empossados.
E, agora em 14 de março de 2024, no Teatro Zulmira Canavarros em Cuiabá-MT, com 46 escritores a serem empossados, pela Delegada Regional, Delasnieve Daspet e pelo representante Mato Grosso, Airton dos Reis Júnior.

Segue a lista dos 46 escritores, poetas, dramaturgos, novelistas e demais  artistas matogrossenses que serão empossados. 

1)Abel Santos Anjos Filho.
2)Amilton Jorge da Costa Reis.
3)Antônio José Ferreira da Costa.
4)Carlos Luciani de Almeida.
5)Cleutta Inêz Paixão Rodrigues.
6)Daniela Paula Oliveira
7)Danilo Zanirato.
8)Diná Vicente da Silva.
9)Edir Pina de Barros.
10)Edna da Silva Lara.
11)Filemon Félix de Moraes.
12)Flávio José Ferreira.
13)Francisco de Arruda Machado.
14)Gaudêncio Filho Rosa de Amorim.
15)Gilda Portella Rocha.
16)Hélio Inácio Santana.
17)Jacy Ribeiro de Proença.
18)Janete Ferreira da Silva.
19)João Bosco Campos.
20)José Augusto Tenuta.
21)José Elias Antunes Neto.
22)Kilwangy Kya Kapitango-A-Samba.
23)Leni Chiarello Ziliotto.
24)Márcio Benedito da Silva Mendes.
25)Maria Amélia Assis Alves Crivelente.
26)Maria Aparecida da Silva.
27)Maria Elizabete Nascimento de Oliveira.
28)Maria Saleti Ferraz Dias Ferreira.
29)Mariano Leal de Paula.
30)Milton Pereira de Pinho.
31)Moisés Mendes Martins Júnior.
32)Nilda Ramos.
33)Nilton Pereira Pinto.
34)Odair José da Silva.
35)Sandro Miguel da Silva Paula.
36)Sidnalva Costa Serra.
37)Silviane Ramos Lopes da Silva.
38)Suziene Cavalcante.
39)Vera R. M. Baggetti.
40)Vera Lúcia Capilé.
41)Vitor Modesto Braz.
42)Wagton Douglas Fonseca.
43)Wendel Xavier de Souza.
44)Zeila Cecília da Conceição e Silva.
45)Zita Eliney da Conceição.
46)Zuleica Cunha de Arruda.

PEN Clube do Brasil. Região Centro-Oeste: Mato Grosso Presente!

A literatura mato-grossense com suas obras em poesias (em todas as vertentes), crônicas, contos, romances, pesquisas, narrativas, infantil, historiadores, novelas, canções, dramas, teatro, ficção, prosa, técnica, popular. Em narrativo ou épico, lírico e dramático. O caleidoscópio é imenso e intenso. Todas as cores se fazem presente, o que engrandece sobremodo a entidade que chega e a arte literária do estado de MT.


Mocidade Alegre é a campeã do carnaval de São Paulo de 2024

Escola de samba da zona norte leva o bicampeonato

A Mocidade Alegre é a vencedora do carnaval de São Paulo de 2024, repetindo o feito do ano passado. Em segundo e terceiro lugares ficaram a Dragões da Real e a Acadêmicos do Tatuapé. 

Com uma homenagem, na avenida, ao Brasil imaginado por Mário de Andrade, a escola de samba Mocidade Alegre desbancou outras 13, com uma nota de 270 pontos, e se tornou a campeã do carnaval de São Paulo, pela 12ª vez. Com 268,7 pontos, a Tom Maior e a Independente Tricolor foram as duas piores colocadas do Grupo Especial e, com isso, farão parte do Grupo de Acesso 1, conforme as regras estipuladas pela Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo.

Este ano, a Mocidade Alegre competia com a Camisa Verde e Branco, Barroca Zona Sul, Dragões da Real, Independente Tricolor, Acadêmicos do Tatuapé, Mancha Verde, Rosas de Ouro, Vai-Vai, Tom Maior, Mocidade Alegre, Gaviões da Fiel, Águia de Ouro, Império de Casa Verde e Acadêmicos do Tucuruvi. 

A Mocidade Alegre foi fundada em 1967 e tem sua quadra no bairro do Limão, zona norte da capital paulista. Atualmente, a presidente da escola é Solange Bichara. 

A escola foi a terceira a desfilar na segunda noite, no sábado (10), no Sambódromo do Anhembi.

Disputa acirrada

São Paulo (SP) 13/02/2024 - Cerimonia de Apuração das Escolas do Grupo Especial no Sambódromo do Anhembi. Escola de Samba Mocidade Alegre, Bi-Campea, com sua presidenta Solange Cruz Bichara .  Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Cerimônia de Apuração das Escolas do Grupo Especial no Sambódromo do Anhembi. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Os critérios analisados para fazer a média das notas que define a posição das escolas na lista de classificação são nove: evolução, comissão de frente, fantasia, enredo, samba-enredo, bateria, alegoria, mestre-sala e porta-bandeira e harmonia. Até o penúltimo quesito, a disputa permaneceu acirrada, como é de costume, por diferença de décimos. Alternaram-se no topo da lista escolas como a Mocidade Alegre, Dragões da Real e a Acadêmicos do Tatuapé.

Alguns elementos passaram, muito recentemente, a ter peso maior na avaliação, com uma mudança nas diretrizes dos jurados. Como exemplos, podem ser citadas a letra da música, que agora deve ser menos abstrata e narrar e refletir melhor o tema do enredo, e a qualidade da caixa de som das escolas. 

O anúncio das pontuações dadas pelos jurados é realizado sem a presença do público. O evento fica aberto somente para representantes das escolas, a imprensa e é transmitido ao vivo pela emissora TV Globo. 

Identidade brasileira

São Paulo (SP) 13/02/2024 - Cerimonia de Apuração das Escolas do Grupo Especial no Sambódromo do Anhembi. Escola de Samba Mocidade Alegre, Bi-Campea, com sua presidenta Solange Cruz Bichara .  Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Cerimônia de Apuração das Escolas do Grupo Especial no Sambódromo do Anhembi. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

O enredo concebido pela escola para este ano é de autoria do carnavalesco Jorge Silveira e do enredista Leonardo Antan e sugere a revisão do conceito de identidade brasileira.

"O ano de 2024 marca o centenário do início da histórica viagem que o poeta fez pelo Brasil profundo, em busca de compor a colcha de retalhos que forma a nossa identidade cultural nacional. Nosso desfile se propõe a abrir o diário de viagem do 'Turista Aprendiz' e percorrer com ele os passos de sua expedição. Junto com Mário, descortinar a riqueza de nossa arte, nosso território e nossa gente", explicou Silveira. 

A Mocidade Alegre é conhecida também como "Morada do Samba”. O termo foi cunhado por um integrante da escola chamado Argeu e resumiu o que o fluminense Juarez da Cruz, o idealizador da escola, planejava para ela, que era manter as portas e a receptividade para qualquer pessoa, independentemente de qualquer origem. 

Edição: Carolina Pimentel


Carnaval é melhor do que celular, dizem crianças em bloquinho no DF

Festa em Brasília, Carnapati, celebra alegria com ciranda e maracatu

Na cabeça, as fitas vermelhas do capacete do caboclo de lança emolduram os olhos e o sorriso encantados do menino Rudah, de 8 anos. O garoto brasiliense, desde tão cedo, aprecia o maracatu de baque solto, da zona da mata pernambucana. “Eu sou muito fã”. O menino diz que aprendeu na escola e com os pais, artistas, sobre cultura brasileira. Dançou, sacudiu as fitas e o figurino todo colorido, e procurava pelos amigos enquanto se divertia no Bloco Carnapati, nesta segunda-feira (12), na região central da capital. “Muito melhor o carnaval do que ficar no celular”.

O pai, o músico Randal Andrade, de 51 anos, tocava o tambor. Foi ele que desenhou e confeccionou o capacete. “Ele adora brincar. Não quer nem saber de TV ou joguinhos de celular. Estimulamos que ele viva a arte”. A mãe, Verônica Alves, de 32, tocava o ganzá e se orgulhava do colorido da roupa que ela produziu para o menino com o desenho do carcará, pássaro que a família acha mais bonito. “Carnaval é tempo da gente se divertir em família. Ir para a rua. A gente espera muito por esse momento”. 

 

A família e outras dezenas de pessoas, participavam também da ciranda, ao som de música pernambucana no Eixo Cultural Ibero-americano (antiga Funarte). Adultos e crianças se divertiam com a brincadeira do caminho do peixe Nonô, o boneco criado pela Companhia Teatral Mapati, que organiza a festa há 27 anos. Idealizadora do teatro e dessa festa carnavalesca, a dramaturga Tereza Padilha enfatiza que é fundamental garantir espaço para que crianças curtam a época. 

“Nós somos pioneiros (na década de 1990, junto com o Bloco A Baratinha) nos carnavais infantis. É muito saudável que as pessoas responsáveis tirem as crianças de frente das telas para poder viver o carnaval, essa festa democrática e de tanta alegria”, afirma a artista. 

Cultura

Com fantasia de pomerano, o menino Heitor, de 9 anos, acompanhado do pai, Antonio Santos, e da mãe, Andrelesse Arruda, ambos de 41, estava empolgado com a ciranda, o que fez com que esquecesse os joguinhos de celular. “Bem mais legal”. Os pais concordam que o carnaval, a música e o sol tornaram a segunda de carnaval mais atraente para o menino do que as telas. “Temos a preocupação de apresentar para ele a cultura do nosso país”, afirmou o pai. “Ele está vendo que é muito mais saudável”, disse a mãe. 

Entre ritmos nordestinos, uma família matava saudades da terra natal, com a camiseta com as cores e símbolos da bandeira pernambucana. Radicado em Brasília, o casal Tiago Meireles, de 39, e Isabela, de 40, levou o pequeno Artur, de 2 anos, para a festa, e assim ensinarem as músicas desde pequeno. “É uma saudade boa da nossa terra. Os bloquinhos nos ajudam”. 

Com o sol que persistiu em Brasília, a criançada brincava de mãos dadas com os adultos ao som da música de Lia de Itamaracá. Aprenderam rápido a cantar… “Minha ciranda não é minha só/Ela é de todos nós/ ela é de todos nós”.

Brasília-DF 12/02/2024 Bloquinho infantil de carnaval Carnapati. Família Pernanbucana do Thiago Meireles) Foto Antônio Cruz/ Agência Brasil.
Brasília-DF 12/02/2024 Bloquinho infantil de carnaval Carnapati. Família Pernanbucana  - Foto Antônio Cruz/ Agência Brasil.

Edição: Sabrina Craide


Circuito Folia Cuiabá oferece programação gratuita e diversificada para variados públicos

 

Festa é realizada pela Liga Independente dos Blocos Carnavalescos e Escolas de Samba de Cuiabá, com apoio do Governo de MT

De sexta (09.02) até terça-feira (13.02), diferentes públicos poderão curtir a festa carnavalesca realizada pela Liga Independente dos Blocos Carnavalescos e Escolas de Samba de Cuiabá. Com apoio do Governo de Mato Grosso via Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), o Circuito Folia Cuiabá dispõe de uma ampla e diversa programação gratuita. Confira:

Bloquinho dos Estudantes: em seu primeiro ano de atuação, o bloco busca fazer a interação da juventude e debater o acesso à cidade. Com variados ritmos, a agenda tem início nesta sexta-feira (09.02) e segue até o domingo (11.02), na UFMT e na avenida Mato Grosso.

Carnaval da Casa das Pretas e da Casa do Centro: localizadas na Praça da Mandioca, no Centro Histórico da capital, as instituições celebram manifestações tradicionais da cultura popular, de sexta-feira (09.02) a terça-feira (13.02).  No sábado (10.02) e na segunda-feira (12.02), os Bloquinhos Independentes finalizam os percursos no mesmo espaço.

Carnaval da Central: no evento marcado pela diversidade terão mais de 30 atrações que contemplam ritmos do Carnaval, rap e música eletrônica. Organizado conjuntamente pela Sumac Records, Oddly e Mandinga Bar, o Carnaval da Central acontece na Orla do Porto II, em Cuiabá, de sábado (10.02) até terça-feira(13.02).

Carnaball: organizado pelo movimento Ballroom, o evento conta com atividades que exaltam a existência da população LGBTQIAPN+, com premiações de alegorias e performances. A segunda edição do Carnaball ocorre no domingo (11.02) dentro do Carnaval da Central, na Orla do Porto II.

Baile da Calorosa: a rua 1 do Boa Esperança vai fechar em frente ao Rebu Bar no domingo (11.02), a partir das 17h, com muito axé, swingueira, brega, hits de Carnaval e produções autorais. O Baile começa com a banda Calorosa, que traz também expressões da música mato-grossense, como o lambadão.

Bloco Bode Bonito: o bloco carnavelesco faz a folia na Praça Popular, em Cuiabá, na segunda (12.02), a partir das 15h, e conta com atrações artísticas que unem sambas de enredo e de exaltação. A entrada é solidária para quem quiser contribuir com duas caixas de leite ou dois quilos de alimentos, que serão doados para a Associação de Apoio aos Pacientes Oncológicos de Cuiabá (AAPOC).
 
Desfiles dos blocos e escolas de samba: reunindo cerca de três mil desfilantes, a festividade será realizada na terça-feira (13.02), a partir das 19h, na Orla do Porto II. Arquibancadas serão montadas no local para que o público assista o desfile oficial, que contará com a participação das escolas de samba Payaguás e Império de Angola, e dos blocos Tradição do Araés, Unidos do Araés, Império de Casa Nova, Boca Suja, Explosão Cuiabá, Luxo Folia, Duque Folia, Povo Feio e Melados. 

De acordo com o secretário adjunto de Cultura da Secel, Jan Moura, o carnaval é uma das manifestações culturais mais celebradas no Brasil que traz muitos benefícios socioeconômicos.

“A estimativa é de um retorno para a sociedade de três ou quatro vezes o valor investido no Carnaval.  Além do aspecto de cultura e lazer para a população, estima-se um potencial impacto socioeconômico, que impulsiona uma cadeia produtiva, com contratação de mão de obra local, maior movimentação do comércio e valorização de nossos artistas”, conclui Jan.


Projeto Viva a Cena vai selecionar artistas e bandas de MT para gravação de coletânea

Em sua terceira edição, iniciativa é apoiada pela Secel; inscrições estão abertas até 29 de fevereiro

O projeto “Viva a Cena!” vai selecionar 12 artistas e/ou bandas de Mato Grosso para participar da gravação do terceiro volume da coletânea. Em sua terceira edição, a iniciativa apoiada pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT) visa valorizar a música autoral e, principalmente, o Rock n’Roll e estilos musicais que conversem com o gênero. 
Além de integrar a coletânea e ter suas canções distribuídas em formatos físico e digital, as bandas e artistas selecionadas participam de quatro apresentações em uma grande casa de shows de Cuiabá, que também serão transmitidas online. Inscrições abertas até 29 de fevereiro por AQUI.
Para participar, é necessário preencher os dados solicitados e disponibilizar link para vídeo ou áudio de uma música autoral em perfil público. Poderão se inscrever bandas e artistas de Rock de todas as cidades de Mato Grosso, exceto de Cuiabá.
Conforme o edital, os interessados já devem ter um prévio trabalho autoral no segmento de Rock e gêneros que se comunicam. Além disso, pelo menos uma música deve ter sido comprovadamente apresentada de forma pública até o dia 31 de janeiro de 2024, seja em shows, plataformas digitais, e outros.
Apenas pessoa física e maior de 18 anos pode se inscrever no projeto, representando a banda ou artista. Outro critério para os participantes é que não tenham participado das edições anteriores do projeto “Viva a Cena!”.
 
“O Viva a Cena! é um projeto muito importante para a cena da música mato-grossense e estamos muito felizes em vê-lo crescer e poder alcançar todo Mato Grosso. Esta terceira edição significa muito para nós, enquanto realizadores, mas principalmente para os artistas e bandas que apostam na música autoral”, destaca o produtor cultural, Daniel Scaravelli. 
A terceira edição do “Projeto Viva a Cena!” é uma realização da Associação Mato-grossense de Cultura (AMC), com patrocínio da Assembleia Legislativa de Mato Grosso e Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso (Secel-MT), via emenda parlamentar.
O edital completo pode ser acessado no Instagram do projeto ou diretamente pelo link AQUI 
 


Mais de 80 blocos desfilam no Rio no fim de semana antes do carnaval

Folia atrai milhares de pessoas

Mais de 80 blocos de rua oficiais (autorizados pela prefeitura) desfilam ou se apresentam na cidade do Rio de Janeiro neste fim de semana, o último antes do carnaval. Segundo a programação oficial divulgada pela prefeitura, são 49 blocos neste sábado (3).

Já no início da manhã, milhares de foliões se dividiram entre o Céu na Terra, que desfila, desde 2001, com tradicionais marchinhas pelas ruas de Santa Teresa, na zona sul, e o Chora Me Liga, bloco sertanejo criado em 2010 que saiu no Centro da cidade.

Céu na Terra foi o primeiro bloco do ano para o estudante João Miranda, de 23 anos. “É um dos blocos tradicionais. É lotado, mas é legal ver a festa, ver gente feliz, se divertindo, com música boa”, conta.

Vestida com uma fantasia de abelhinha, a cadela da raça rottweiler Nutella era uma atração à parte nas ruas de Santa Teresa. “É o segundo ano dela. Esse ano ela caprichou na fantasia, porque assim ela ganha carinho [das pessoas]. Quando ela escutou o som do bloco ela já ficou agitada em casa para vir”, contou a engenheira Daniela Manger, moradora do bairro.

Para os cariocas e turistas que não acordaram tão cedo quando João e Nutella, no entanto, estão previstos quase 40 blocos para a tarde deste sábado, entre eles o Simpatia É Quase Amor, que desfila, a partir das 14h, pelas ruas de Ipanema, na zona sul da cidade.

Também há desfiles e apresentações no Centro e em outros bairros da zona sul (como Copacabana e Botafogo) e das zonas norte (como Tijuca, Ilha do Governador, Ramos, Abolição e Irajá) e oeste (como Jardim Sulacap, Sepetiba e Barra da Tijuca).

No bairro do Maracanã, na zona norte, por exemplo, tem o Põe na Quentinha?, fundado pelo fotógrafo Berg Silva, que faz a folia, parado, na Praça Niterói, a partir das 14h. Este ano, o bloco se dedicará a arrecadar livros e alimentos não perecíveis, para beneficiar a população do Morro dos Macacos, em Vila Isabel.

 

Domingo

No domingo (4), estão previstos mais 34 blocos oficiais, em vários bairros cariocas. logo no início da manhã, já tem blocos no Centro da cidade, como o Bloco da Favorita, o Cordão do Boitatá e o Fogo e Paixão, todos começando entre as 7h e as 8h.

“Às vésperas de mais um desfile do bloco brega Fogo e Paixão, o frio na barriga contrasta com o calor que sempre domina o Largo de São Francisco de Paula. Certamente seremos muito felizes neste domingo e pode apostar que não vai faltar brilho!”, conta Pedro Martins, um dos organizadores do Fogo e Paixão, que estreou no carnaval em 2011.

“O bloco é brega”, resumiu à Agência Brasil outro organizador do Fogo e Paixão, João Marcelo Oliveira.  “Nós somos um bloco de música brega; nosso visual é brega. O repertório é brega. Quanto mais brega, melhor. A gente adora brega".

As músicas tocadas são as dos grandes ícones bregas, como Sidney Magal, Reginaldo Rossi, Rosana, Fagner. “Nosso padrinho é o Wando”. Mas o bloco toca os bregas mais atuais também. “As sofrências, os funks mais bregas entram também no repertório. A gente tem sorte de ter escolhido um tema que continua sempre produzindo material.”

João Marcelo afirmou que o bloco faz questão de descaracterizar a palavra brega como ela era usada de forma pejorativa. “O brega, para a gente, não é ruim. Para nós, o brega é muito. É aquela sofrência demais, o colorido demais. É excesso de alegria, de fogo, de paixão. Para a gente, isso é o brega”. A bateria do Fogo & Paixão é denominada Sem Limite e composta por 140 integrantes, além de dois cantores, dois sopros e um guitarrista. A equipe de produção e apoio tem entre 25 e 30 pessoas.

Ainda na manhã de domingo, tem Suvaco de Cristo (no Jardim Botânico), o infantil Gigantes da Lira (em Laranjeiras) e Empolga às 9h (em Ipanema), todos na zona sul. Ao longo do dia haverá desfiles e apresentações também em outros bairros como Méier, Grajaú, São Cristóvão e Engenho de Dentro (na zona norte), além de Vila Valqueire e Bangu (na zona oeste).

Edição: Valéria Aguiar

 
 

Suvaco da Asa traz carnaval de Pernambuco a Brasília

Pré-carnaval brasiliense começou com baile infantil

Brasília e Pernambuco se misturam em diversos blocos de carnaval e, também, no pré-carnaval, com a versão infantil de um dos blocos mais tradicionais da capital federal: o Suvaco da Asa. Os pequenos foliões deram a largada para a festa mais alegre do ano na manhã deste sábado (3), no estacionamento do Complexo da Funarte, próximo à Torre de TV.

Brasília (DF), 03/02/2024, Carnavel de Brasília com o bloco Suvaco da Asa 2024, Suvaquinho para crianças.  Foto Antonio Cruz/Agência Brasil
Brasília (DF) - Crianças brincam o carnaval no bloco Suvaquinho. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

“Kaya Roschel está nadando e dançando. Não para de se mexer. Percebo claramente que ela gosta de um batuque”, disse a administradora Bianca Roschel, 30 anos, grávida de seis meses, ao apontar para a própria barriga em meio aos sons percussivos que transitavam entre maracatu e frevo do grupo Vivendo e Batucando. “Ela já está treinando para o carnaval”, acrescentou.

A relação da administradora com o carnaval vem da infância, nas folias curtidas na companhia de seus pais. “Estou passando aos meus filhos o que recebi de meus pais: o gosto pelo carnaval. Eles sempre me levaram para os blocos. Quero que meus filhos sintam da mesma felicidade”, contou, em meio a declarações de amor ao samba de raiz e às tantas escolas de samba pelas quais já desfilou.

Brasília (DF), 03/02/2024, Carnavel de Brasília com o bloco Suvaco da Asa 2024, Suvaquinho para crianças. Na foto Bianca Roschel, grávida da filha Kaya. Foto Antonio Cruz/Agência Brasil
Brasília (DF) - Bianca Roschel, grávida da filha Kaya, adora curtir a festa. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

“Já curti também muitos carnavais do Nordeste. Fui a Salvador, na Bahia; a Olinda, no Recife. Já conheci o carnaval de quase todos os estados que têm tradição no carnaval”, complementou enquanto apontava para sua outra filha, Ayla, de 3 anos. “Ela faz questão de ter uma fantasia para cada dia de carnaval. Para este ano, Ayla preparou fantasias de unicórnio, pompom, arco-íris e de ETzinha”.

Os planos para o carnaval de 2024 não param. “Ainda mais agora que o carnaval de Brasília está caindo no gosto das pessoas”.

O servidor público Lucas Alves, 34 anos, companheiro de Bianca, disse que os planos do casal é deixar as crianças com uma babá e cair na folia. “Faremos maratonas nesse carnaval. Pularemos todos os blocos que der”.

Pijamas

Não há regras para fantasias de carnaval. O casal de servidores públicos Matheus Mendonça, 38 anos, e Ana Luíza Machado, 37 anos, leva a sério. Acompanhados do filho Bernardo, de 1 ano, os três pareciam ter pulado da cama direto para pular o carnaval. Todos estavam de pijamas.

Brasília (DF), 03/02/2024, Carnavel de Brasília com o bloco Suvaco da Asa 2024, Suvaquinho para crianças. Na foto Matheus Mendonça e a esposa Ana Luiza Machado com seu filho Bernardo. Foto Antonio Cruz/Agência Brasil
Brasília (DF) - Família participa do bloco Suvaco da Asa 2024 fantasiada de pijamas. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

“Roupa mais confortável não existe. Unimos o útil ao agradável. Além disso, é fácil para fantasiar a criança. Acordamos já prontos para o carnaval”, brincou Ana Luíza. “Carnaval é isso: rir das fantasias dos outros e fazer os outros rirem das nossas fantasias”, resumiu a foliã.

Foi na festa de 2019, em meio ao fortalecimento do carnaval de rua de Belo Horizonte, que Matheus e Ana Luíza “se fortaleceram” enquanto casal. “Foi nosso primeiro carnaval enquanto casal”, explicou Matheus, que elogiou a melhora no carnaval de rua brasiliense nos últimos anos.

Suvaco da Asa

Essa melhora se deve a figuras como Pablo Feitosa, o diretor-presidente do bloco Suvaco da Asa. “Somos um bloco pernambucano criado com o objetivo de esquentar o pré-carnaval desta cidade que já conta com vários blocos inspirados na cultura de Pernambuco. A princípio, foi uma forma de matarmos a saudade de nosso carnaval. Trouxemos a folia de lá para cá, porque se Maomé não pôde ir à montanha, a montanha veio a Maomé”, explicou o organizador da festa.

A expectativa é de que, em 2024, o Suvaco da Asa reúna entre 30 e 40 mil pessoas. Para este ano, estão previstas homenagens ao cantor pernambucano Reginaldo Rossi, falecido em 2013. “Ele é um rei para Pernambuco: o Rei do Brega”, justificou Feitosa.

Um dos pontos altos da festa será o show do cantor pernambucano Otto, amigo e fã de Reginaldo Rossi.

Carnaval democrático

Brasília (DF), 03/02/2024, Carnavel de Brasília com o bloco Suvaco da Asa 2024, Suvaquinho para crianças.  Foto Antonio Cruz/Agência Brasil
Brasília (DF), 03/02/2024, Carnavel de Brasília com o bloco Suvaco da Asa 2024, Suvaquinho para crianças. Foto  Antonio Cruz/Agência Brasil

Feitosa enfatiza que, para ser pernambucano, é fundamental que o carnaval seja democrático. “Portanto, gratuito”, acrescentou. Segundo o diretor do bloco, a retomada de um ambiente político mais democrático tem refletido também nos festejos deste ano.

“As pessoas estão mais à vontade para manifestar alegria e felicidade. Este é o clima do nosso bloco. Um bloco sem assédio, no qual mulheres se sentem protegidas, em um ambiente que é essencialmente contra o machismo, contra a homofobia e contra o racismo”.

Brasília (DF), 03/02/2024, Carnavel de Brasília com o bloco Suvaco da Asa 2024, Suvaquinho para crianças. Na foto Pablo Feitosa, diretor do Bloco.  Foto Antonio Cruz/Agência Brasil
Brasília (DF) - Ralf Louzada aproveita a festa para aumentar as vendas de cerveja artesanal. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Carnaval é ambiente de alegria, mas também de negócios – que ajudam a gerar empregos e a fortalecer a economia local. “É muito fácil vender cerveja no carnaval”, comemorava o gerente de vendas da cervejaria artesanal Quatro Poderes, Ralf Louzada, 37 anos.

Para valorizar o produto, ele dizia que a festa era pernambucana, mas o sabor da “alegria líquida” era bem brasiliense. “Nós usamos, em nossas receitas, muitas frutas locais, como cagaita, caju e maracujá do Cerrado”.

Edição: Carolina Pimentel


Liesa abre venda de ingressos das arquibancadas populares

A Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) abre nesta quarta-feira (31), às 9h, a venda dos ingressos das arquibancadas populares do Sambódromo. As entradas são para os setores 12 e 13, aqueles mais próximos da Apoteose.

 

Pagamento só em dinheiro

Aqueles que forem contemplados deverão, então, comparecer ao estande da Central de Vendas, montado atrás do Setor 11 da Passarela do Samba, na Rua Salvador de Sá, no sábado (3), entre 9h e 15h, para realizar o pagamento em dinheiro, cujos preços custarão a partir de R$ 5 (meia-entrada).

Cada pessoa poderá comprar um ingresso de meia-entrada e/ou quatro ingressos para cada dia. Será necessário levar a senha recebida no momento da reserva e um documento de identidade.

Já os foliões que buscam outros tipos de ingressos, como camarotes, podem comprar na plataforma da Ticketmaster — as arquibancadas normais estão esgotadas para o Grupo Especial. Há poucas vagas para o Sábado das Campeãs.


Produtores assinam primeiros contratos do Reviver Centro Cultural com a Prefeitura do Rio

A Prefeitura do Rio reuniu, nesta terça-feira (30/01), os produtores de 17 dos 84 projetos credenciados no Reviver Centro Cultural para assinatura do Termo de Adesão ao programa. O evento, na Rua Sete de Setembro 43, teve a presença dos produtores culturais, além do cantor e compositor Marcelo D2, que promoveu uma roda de samba no local. Com a assinatura do contrato, os primeiros projetos poderão ganhar as ruas do Centro, por meio de apoio do município. A Prefeitura vai dar recursos para a reforma dos imóveis e para ajudar nas despesas mensais.

– Nós sabíamos, desde quando começamos a história do Porto Maravilha e a derrubada da Perimetral, que a saída para o problema do Rio era voltar para o Centro. Aqui é uma área que já tem infraestrutura, hospital, escola. E, quanto mais você está onde tem infraestrutura, mais barata fica a cidade. E o que aconteceu na pandemia foi que o Centro se perdeu, muita gente foi embora. E não tem nada igual às manifestações culturais, artísticas, literatura, galerias de arte para conseguirmos fazer um lugar renascer. O que a Prefeitura está fazendo com esses espaços todos é dar uma grana inicial de incentivo. Eu não tenho dúvida nenhuma que, em muito pouco tempo, a partir desse projeto, o Centro será resgatado, revitalizado e ressuscitado por aquilo que o Rio tem de mais incrível que são suas manifestações culturais – afirmou o prefeito do Rio, Eduardo Paes.

O programa Reviver Centro Cultural recebeu a inscrição de 39 imóveis e de 132 projetos culturais, como livrarias, galerias de arte, escolas de dança e escolas de fotografia. Desse total, 84 foram credenciados e poderão ocupar as lojas também habilitadas no programa e, com imóvel, estarão aptos a receber os valores da Prefeitura do Rio destinados ao projeto. Como contrapartida, eles devem abrir, em horários estendidos, à noite e aos fins de semana, além de contar com uma programação que preveja ações nas calçadas, para levar mais gente ao Centro e aumentar o movimento da região.

– É um projeto de volta à vida das ruas do Centro. Ainda temos um comércio que foi resiliente, principalmente na pandemia, mas dentro do nosso projeto queremos trazer novas moradias, novos empreendimentos para cá. O Reviver Centro Cultural é central para que possamos trazer essa nova vida, a ocupação das lojas que estavam vazias. É um primeiro marco do renascimento do Centro – disse o secretário de Desenvolvimento Urbano e Econômico, Chicão Bulhões.

De iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Econômico (SMDUE), em parceria com a Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar), o projeto deve ocupar imóveis abandonados na área formada pelas avenidas Presidente Vargas, Rio Branco e Primeiro de Março, e pela Rua da Assembleia, além de um trecho da Orla Conde. O município vai dar valores ao projetos que podem chegar a até R$ 192 mil (R$ 1 mil por metro quadrado) para a reforma dos espaços e cerca de R$ 14,4 mil (R$ 75 por metro quadrado) como auxílio para despesas mensais, como aluguel, água e luz, dependendo da metragem do imóvel.

A partir de agora, todos os habilitados podem negociar diretamente com os proprietários dos imóveis credenciados para firmar o contrato de locação. Os gestores dos projetos que encontrarem um imóvel adequado e formalizarem o contrato de locação devem apresentar a documentação à Prefeitura do Rio. Depois de assinarem um Termo de Adesão, em que assumirão a responsabilidade de execução do projeto cultural proposto pelo poder público, de acordo com o edital, receberão, em 30 dias, o benefício de incentivo.

– O Centro do Rio está sedento por projetos. Temos uma oportunidade única de fazer o Rio de Janeiro que acreditamos, de fotografia, de música, de inclusão, samba, Carnaval. Nos três meses que estou com meu projeto no Centro, tive o suporte da Prefeitura. Tenho certeza que o Reviver Centro Cultural terá grande sucesso. O Rio vai ficar mais seguro e alegre – disse o cantor Marcelo D2, dono do espaço onde o evento foi realizado.

Sócios-diretores da Galeria Refresco, Deborah Zapata e Renato Canivello comemoram a oportunidade dada pelo incentivo da Prefeitura.

– Ficamos muito animados quando tomamos conhecimento do projeto da Prefeitura, uma oportunidade de profissionalizar os espaços de cultura no Rio. Receber um aporte da Prefeitura para conseguirmos desenvolver o nosso projeto, dar mais visibilidade pois trabalhamos com toda uma comunidade de artistas cariocas, é uma oportunidade incrível. Estamos muito felizes de participar – declarou Deborah.

Idealizadora do Centro Carioca de Fotografia, Renata Xavier elogiou a iniciativa da Prefeitura de buscar a revitalização do Centro da cidade.

– O Centro do Rio merece pois ele faz parte da história do Brasil, é um centro de memória da cidade e do país. Nosso trabalho é sobre fotografia, é criar um lugar em que os olhares do Rio se encontrem. Há poucos paços de onde vai ficar o Centro Carioca de Fotografia foi feita a primeira foto da América do Sul. São essas histórias que queremos trazer, mostrar quem são os cronistas visuais da atualidade. É um lugar para quem ama fotografia.

Conheça os primeiros projetos credenciados que assinaram o Termo de Adesão com a Prefeitura do Rio:

Arrecife Rio – O Arrecife Rio, a ser instalado na Rua do Rosário, número 61, loja A, é um espaço que congregará um ateliê para artistas, exposições, intervenções artísticas, cursos de longa e curta duração, workshops e eventos sociais e culturais.

Centro Carioca de Fotografia – O espaço será uma galeria de arte voltada para a fotografia, tendo a cidade do Rio como temática principal. O espaço funcionará na Travessa do Comércio, número 11, e abrigará exposições rotativas, estúdio e escola de fotografia, além de promover passeios, festivais externos, entre outras atividades.

Museu da Caricatura Brasileira – O Museu da Caricatura Brasileira será instalado na Rua Primeiro de Março, 22, trazendo seu acervo na coleção particular de Luciano Magno, caricaturista, historiador e autor da obra “História da Caricatura Brasileira”, com o objetivo de resgatar, preservar e divulgar a memória da caricatura brasileira. A proposta é mostrar o acervo de forma itinerante, em exposições, e por meios como a internet.

 QueeRIOca – A “QueeRIOca” promete ser um espaço na Travessa do Comércio, 16, para residência e produção de arte queer (termo da língua inglesa usado para definir minorias sexuais e de gênero), no Rio de Janeiro, realizando a curadoria de artistas que farão residência na casa com peças teatrais, shows musicais, exposições, batalha de Slam (competições de poesia falada), leituras, performances, palestras, oficinas, debates e seminários.

Diário do Rio de Cultura – Na Travessa do Comércio, 2 a 6, o projeto Diário do Rio de Cultura realizará oficinas de Cultura Digital e exposição permanente da história da região central, com visitas guiadas e atendimento ao público geral, assim como também a alunos (as) da rede pública de ensino. Haverá ainda atividades como vernissages, e atividades artístico-culturais.

Casa Proeza – A Casa Proeza pretende instalar na Rua do Ouvidor, 26, um centro de estímulo a discussões culturais em seu espaço multifuncional: o casarão abrigará uma galeria de arte voltada à fotografia, além de redação da revista virtual do projeto e estúdio da Proeza Design.

Instituto Vida em Equilíbrio – A ocupação promoverá espetáculos teatrais, com atores ocupando a calçada em frente ao imóvel, e exposição de artes visuais, música e dança, na Rua da Quitanda, 87. Além disso, haverá passeios culturais, com visitas guiadas a pontos turísticos do Centro, voltados para estudantes de escolas públicas (estaduais e municipais) e particulares e para turistas e alunos graduandos em cursos como turismo e hotelaria.

Casa Tucum – Localizada na Rua do Rosário, 30, a Casa Tucum traz a cultura indígena através de uma loja conceito, galeria de arte, empório gastronômico e empreendedorismo indígena, gerando o encontro entre as diversas culturas indígenas e a sociedade, a fim de expandir o imaginário comum sobre a cultura.

Galeria Refresco – A Galeria Refresco traz à Rua do Rosário, 26/28, residências artísticas, exposições, atividades pedagógicas, principalmente voltadas para artistas que já circulam pelo Centro da cidade. A ideia é auxiliar os artistas no desenvolvimento e aprimoramento de suas carreiras, bem como explorar possibilidades comerciais e expográficas, além de buscar parcerias com projetos similares.

Teatro do Mar – O projeto pretende construir a sede do Espaço Teatro do Mar, reunindo aulas de teatro, cenografia, figurino, música, produção e gravação de produções audiovisuais, podcasts, eventos artísticos e uma sala de apresentações teatrais na Rua Sete de Setembro, 63.

MetaGallery – Na Rua da Assembleia, 40, a MetaGallery instalará espaços imersivos com exposições de arte em NFT, divulgação de artes digitais e um display LCD de alta definição em sua fachada, expondo formas de arte digital. Além disso, pretende oferecer oficinas, palestras, debates e eventos sobre blockchains, NFT, arte digital e tecnologias emergentes.

Casa Carnaval – A Casa Carnaval trará à Rua do Mercado, 37, uma experiência da maior festa popular do Brasil, para além de fevereiro. O espaço terá exposições, cursos, apresentações e produções de conteúdo sobre a indústria carnavalesca. Voltado ao público carioca e turistas, o projeto promete valorizar a arte do carnaval, com manifestações sobre o presente, o passado e o futuro desse movimento artístico vivo.

Cará – O projeto, localizado na Rua Sete de Setembro, 43 loja A, dialoga com o Centro de Pesquisa Avançada do Novo Samba Tradicional Onde o Coro Come – IBORU, a proposta é uma residência artística capitaneada por artistas plásticos brasileiros. A ideia é uma troca de experiências com projetos já consagrados, possibilitando diálogos e vivências.

Escola da Diversão – Casa Criativa Rio A proposta de um espaço de criatividade será localizado na Rua dos Mercadores, 8-A. Tem como características oferecer capacitação para habilidades artísticas e acompanhamento de projetos culturais.

Ginga Tropical – A Casa Ginga Tropical oferecerá atividades atreladas à preservação do folclore e da cultura popular brasileira por meio de apresentações de dança, cursos e eventos de rua. Terá atividades fixas de rodas de dança e capoeira na Rua da Alfândega, 19.

Museu do Café – A proposta que ficará na Rua do Ouvidor, 28, é para os amantes de café. O espaço contará com a utilização de ferramentas multimídia para contar a história do café, bem como exposições culturais e um ambiente de degustação, com processo de torra no local.

Casa de Cultura Volta do Mundo – A cultura afro-brasileira, notadamente a capoeira, é a peça central da proposta do projeto. Espaço de economia criativa, a Casa de Cultura que ficará na Rua do Rosário, 24, promoverá eventos ligados à democratização artística carioca e oferecerá cursos para promoção da cultura afro-brasileira.


Ney Matogrosso canta Djavan em disco que sairá em março em tributo aos 80 anos do poeta e letrista Cacaso

Por Mauro Ferreira

 Um dos grandes compositores da MPB, Djavan quase nunca foi gravado por Ney Matogrosso, intérprete da mesma dimensão do artista alagoano.

Descontado o registro coletivo da música Luz do mundo (Djavan, Caetano Veloso, Chico Buarque e Arnaldo Antunes) para o single beneficente Se essa rua fosse minha (1991), idealizado pelo sociólogo Betinho (1935 – 1997), há somente a gravação de Nobreza (1982) feita por Ney em duo com o pianista Luiz Avellar para o Songbook Djavan (1997).

Por isso mesmo, a participação do cantor no álbum Cacaso 80 anos ganha relevância adicional. Ney escolheu cantar Lambada de serpente (1980) – parceria de Djavan com Cacaso lançada por Djavan no álbum Alumbramento (1980) – no tributo produzido por Renato Vieira e programado para ser lançado em 7 de março pela gravadora Kuarup.

Primeira conexão de Ney com a obra poética de Cacaso, a gravação de Lambada de serpente foi feita com piano, arranjo e direção musical de Alexandre Vianna, além dos toques dos músicos João Benjamin (baixo acústico) e Kabé Pinheiro (bateria e percussão).

Como o título Cacaso 80 anos já explicita, o disco foi idealizado por Renato Vieira para festejar postumamente o 80º aniversário de Antônio Carlos Ferreira de Brito (13 de março 1944 – 27 de dezembro de 1987), o poeta e compositor mineiro conhecido artisticamente como Cacaso.

Além de Ney Matogrosso, cuja faixa será apresentada antes do álbum em single agendado para 9 de fevereiro, participam do tributo artistas do porte de Edu Lobo.

Alaíde Costa canta Dentro de mim mora um anjo (Sueli Costa e Cacaso, 1975). Claudio Nucci revive As coisas, parceria de Nucci com Cacaso lançada em 1984. Filó Machado espalha novamente Perfume de cebola (1984), parceria de Filó com Cacaso apresentada há 40 anos em disco do coautor da música.

Joyce Moreno revisita Gente séria (Joyce Moreno e Cacaso,1982) com letra inédita, diferente da gravada por Emilio Santiago (1946 – 2023) no álbum Ensaios de amor (1982). Leila Pinheiro dá voz a Triste Baía da Guanabara, parceria de Novelli com Cacaso gravada por Djavan no mesmo álbum Alumbramento que apresentou Lambada de serpente. Já Toquinho e Camila Faustino revivem juntos Francamente (1980), parceria de Toquinho com Cacaso.

 

Bússola Cultural: semana tem oficina de quadrinhos com ganhador do Prêmio Jabuti

Oficina de Roteiro para Histórias em Quadrinhos, com Rafael Calça
Quando? 30 e 31 de janeiro, das 14h às 17h.

Onde? Biblioteca Parque Villa-Lobos, Av. Queiroz Filho, 1205 - Alto de Pinheiros.

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Saiba mais: Venha aprender nesta atividade as ferramentas básicas para começar o próprio roteiro.

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Rafael Calça é escritor, roteirista de histórias em quadrinhos e animação, além de ilustrador editorial e storyboarder de publicidade.

Seus trabalhos de maior destaque são “Jeremias – Pele”, em que recriou o personagem de Maurício de Sousa em uma HQ sobre racismo na infância, tendo recebido o reconhecimento de público e crítica, além do prestigioso Prêmio Jabuti.

Gratuito, a partir de 16 anos. Mais informações: BVL.
Espetáculo do Circo Moscou no Mundo do Circo

Atividades gratuitas no Mundo do Circo

Quando? 28 de janeiro, domingo, às 17h.

Onde? Mundo do Circo, Av. Cruzeiro do Sul, 2630 - Carandiru, São Paulo.

Saiba mais: O Circo Moscou possui matriz na Rússia, sendo uma grande companhia circense na Europa. Artistas nacionais e internacionais, malabaristas, trapezistas, acrobatas, bailarinas, palhaços e o incrível globo da morte proporcionam um espetáculo de tirar o fôlego.

Entrada gratuita.
Os ingressos serão distribuídos 1 hora, antes de cada espetáculo.
Cada pessoa poderá retirar no máximo 5 ingressos por espetáculo.
Classificação livre.
Mais informações no site.
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Lançamento do samba-enredo do Cordão do Bule, no Museu da Língua Portuguesa

 

Cordão do Bule apresenta samba-enredo do Carnaval 2024, no Museu da Língua Portuguesa

Quando? 27 de janeiro, a partir das 15h.

Onde? Museu da Língua Portuguesa, na Praça da Luz, s/nº - Centro Histórico de São Paulo - Saguão B do Museu da Língua Portuguesa.

Saiba mais: A programação do Carnaval no Museu da Língua Portuguesa começa no dia 27/1, com o lançamento do samba-enredo do Cordão do Bule.

A partir das 15h, o grupo vai apresentar o samba "O mais importante é a nossa história e a mente é a expressão da liberdade e músicas" de Carnavais anteriores, com a presença da bateria Batucada Ebulição.

Haverá ainda a nomeação da Rainha do Cordão do Bule e a entrega do estandarte a um dos integrantes da agremiação. Em seguida, acontece um debate sobre a saúde mental na luta antimanicomial por meio da arte.

Grátis. Mais informações aqui.
Exposição “E o palhaço, quem é!?” no Paço das Artes

 

O Palhaço, 2017

Quando? De 02/02 a 31/03/2024, de terça a sábado, das 11h às 19h; domingos e feriados, das 12h às 18h.

Onde? Paço das Artes – R. Albuquerque Lins, 1345 – Higienópolis.

Saiba mais: A exposição “E o palhaço, quem é!?” tem curadoria de Renato De Cara e reúne obras de mais de trinta artistas.

São imagens icônicas de palhaços reproduzidas em fotografias históricas e anônimas, em pinturas de jovens irreverentes e contemporâneos, retrabalhadas como objeto de arte por grandes nomes do campo, questionando valores e empatia.

Gratuito.
Classificação indicativa: 14 anos.
Mais informações aqui.
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BibliON - Clube de leitura online

 

Como aprendi a pensar

Quando? 31 de janeiro, das 19h às 20h30 e 1° de fevereiro, das 19h30 às 20h30.

Onde? On-line, na BibliON.

Saiba mais:

“Como aprendi a pensar”: um dos pensadores pop mais respeitados pelo público e pela crítica, Luiz Felipe Pondé apresenta neste livro uma história da filosofia diferente – a história dele com a filosofia.

Ele cita romancistas como Nelson Rodrigues, cientistas como Charles Darwin, economistas como Karl Marx e os psicanalistas Sigmund Freud e Carl Jung.

Link do Clube de Leitura na BibliON.
“Gris, de Cida Pedrosa”: é uma coletânea que reúne 50 poemas de Cida Pedrosa, os quais trazem uma mostra significativa da produção desta autora cuja obra se alimenta da urbe e se confunde com o estar na cidade e vivê-la.

Link do Clube de Leitura na BibliON
HIP-HOPERIFA

 

Hip-Hoperifa

Quando? 4/2, sábado, das 13h às 17h.

Onde? Fábrica de Cultura Jardim São Luís, na Rua Antônio Ramos Rosa, 651.

Saiba mais: Hip-Hoperifa é um evento de trocas voltado para dança, com professores renomados da cena e, também, artistas da comunidade. Um evento com aulas gratuitas, batalhas de dança e show cases, cultivando e celebrando a arte.

Gratuito.
Livre.
Mais informações aqui.
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Workshop “A energia sustentável na robótica”

 

A energia sustentável na robótica

Quando? 31/1 – quarta-feira, das 14h30 à 16h30.

Onde? Oficina Cultural Maestro Juan Serrano, na Rua Joaquim Pimentel, 200 - Brasilândia - São Paulo/SP.

Saiba mais: Uma introdução à robótica. Tecnologias criativas serão apresentadas como possibilidade de geração de energia elétrica de maneira autônoma no Projeto Tendas de Verão.

Recursos como sensores, componentes eletrônicos, placas de controle e captação serão abordados para melhor entendimento do circuito que alimenta um sistema. Um dos objetivos desta energia limpa é buscar soluções eficientes para contribuir com comunidades que não têm acesso à eletricidade, utilizando a luz solar.

Coordenação: DoRobotKits Tecnologia e Educação.
Livre e Gratuito.
Todo material será disponibilizado gratuitamente durante a atividade.
Mais informações aqui.
Sombras-Luzes: identidade na diáspora japonesa

 

Sombras-Luzes: identidade na diáspora japonesa no Brasil

Quando? De 23 de janeiro a 5 de maio de 2024.

Onde? Museu da Imigração, na rua Visconde de Parnaíba, 1.316 – Mooca.

Saiba mais: O Museu da Imigração está com a exposição Sombras-Luzes: identidade na diáspora japonesa no Brasil, das artistas Cristina Suzuki e Claudia Kiatake.

A sombra é um elemento importantíssimo para a cultura japonesa, sobretudo no período Edo, em que o Japão fechava seus portos para estrangeiros.

Funcionamento: de terça a sábado, das 9h às 18h, e domingo, das 10h às 18h (fechamento da bilheteria às 17h).
R$ 16,00 e meia-entrada para estudantes e pessoas acima de 60 anos.
Grátis aos sábados e todos os dias para as crianças com até 7 anos.
Mais informações: Museu da Imigração.
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Lançamento do livro "Abayomi: a menina de trança"

 

Abayomi: a menina de trança

Quando? 03 de fevereiro, às 14h.

Onde? Museu das Favelas, na Av. Rio Branco, 1269 - Campos Elíseos.

Saiba mais: O lançamento do livro para crianças e adolescentes, "Abayomi: a menina de trança", será um momento especial com um bate-papo sobre o livro, vivências da escritora e a oportunidade de adquirir cópias autografadas pela autora, Aniete Abreu.

Esta leitura abre portas para a compreensão de questões étnico-raciais, inspirando a luta por respeito, aceitação e igualdade.

Gratuito e livre.
Mais informações em: Museu das Favelas
Espetáculo Saltimbancos

 

Há vários espetáculos gratuitos nas Fábricas de Cultura

Quando? 27/01/2, às 15h.

Onde? Fábrica de Cultura Itaim Paulista, na R. Estudantes da China, 500 - Itaim Paulista.

Saiba mais: A história de "Os Saltimbancos" conta a jornada de quatro animais - um jumento, um cachorro, uma galinha e uma gata - que, insatisfeitos com o tratamento nas fazendas, decidem fugir e tentar a sorte como músicos na cidade.

No decorrer da narrativa, enfrentam desafios e adversidades, mas encontram apoio mútuo e aprendem a superar suas diferenças em prol de um objetivo comum.

Com música e humor, a história destaca temas como amizade, cooperação e a busca por uma vida melhor, cativando o público, especialmente as crianças.

Gratuito e livre.
Mais informações aqui.


Intolerância Religiosa. Mito ou Fato?

Por Gilda Portella, sacerdotisa de Umbanda, multiartista, historiadora/UFMT, mestranda em Estudos de Cultura Contemporânea/UFMT.

 

Nos caminhos da história da intolerância religiosa, Sidnei Nogueira, radiografa o fenômeno da intolerância religiosa do Brasil e do mundo. O livro Intolerância Religiosa, conclui que as violações e perseguições religiosas crescem globalmente, e por aqui há um recrudescimento, vítimizando as religiões afro-brasileiras. Diz que o nome ‘intolerância religiosa’ mascara o racismo e encobre a violência infligida aos negros e negras de Comunidades Tradicionais de Terreiro (CTTro).

Vendo este movimento como racismo epistêmico, estrutural, cultural, no exercício de apagamento da história de origem negra, numa esquizofrênica epistemologia, sem cosmovisão africana, sem produções de saberes, ignorando tecnologias e práticas, cujos guardiões culturais-religiosos, filosóficos são os terreiros e suas “ialorixás” - mãe de santo, é a sacerdotisa do terreiro e “babalorixá” - também conhecido como pai de santo, é o sacerdote das religiões afro-brasileiras.

A primeira juíza negra Tatiana dos Santos Batista, da comarca de Vila Bela da Santíssima Trindade-MT dá um enfoque jurídico ao Dia Nacional do Combate à Intolerância Religiosa, e nos relata que: “a liberdade religiosa é para nós, no Brasil, um direito fundamental e também um Direito Humano. Direito fundamental, consagrado na Constituição Cidadã, de 1988, um direito humano reconhecido na declaração universal de Direitos Humanos e também em outros documentos internacionais, no qual o Brasil adotou no seu ordenamento jurídico”

Segundo a BBC 'Liberdade religiosa ainda não é realidade': os duros relatos de ataques por intolerância no Brasil, em 29 de janeiro de 2023 afirma que: “O número de denúncias de intolerância religiosa no Brasil aumentou 106% em apenas um ano. Passou de 583, em 2021, para 1,2 mil, em 2022, uma média de três por dia.  A maior parte foi feita por praticantes de religiões de matriz africana, como umbanda e candomblé. Seis em cada dez vítimas são mulheres. Só nos primeiros 20 dias de 2023, o Disque 100, canal para denúncias de violações de direitos humanos, registrou 58 ocorrências”.

A pesquisa revela a dura realidade brasileira, do racismo religioso enraizado na formação da sociedade brasileira, embrenhado nas relações sociais, culturais e religiosas cotidianamente, assim esses dados podem não refletir a realidade, pois de acordo com o relatório realizado pela Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (Renafro): “Mapeamento do Racismo Religioso Contra Os Povos Tradicionais de Religiões de Matriz Africana", que ouviu lideranças de 255 comunidades tradicionais de terreiros, no qual 78% dos entrevistados relataram que membros de suas comunidades já sofreram algum tipo de violência, física ou verbal, por racismo religioso”.

Outros dados merecem ser olhado com atenção foram coletados em ambientes virtuais, os números de casos criminais de intolerância religiosa quintuplicou em 2022: “Segundo levantamento da Safernet, ONG que mantém uma central de denúncias de violações contra direitos humanos, como racismo, misoginia e xenofobia, os ataques online saltaram de 614, entre janeiro e outubro de 2021, para 3,8 mil, no mesmo período de 2022, um crescimento de 522%.”.

Esses números alarmantes sinalizam forças orquestradas, sistematizadas pelo racismo, preconceito, injuria racial, atuando diariamente na tentativa de apagar, invisibilizar, de desmontar, tudo que for ligado as tradições culturais e de religiões de matriz africanas e afro-brasileiras.

No subitem do Livro: Intolerância religiosa trás: “Rumos da intolerância e do apagamento religioso preto e estigmatizado no Brasil: da negação à inexistência”, traz dados de pesquisas do livro Presença do axé: mapeando terreiros no Rio de Janeiro de Fonseca e Giacomini (2013) e o levantamento dos dados nacionais do disque 100.

A pesquisa demostrou que dos 840 terreiros cerca de 51% já sofreram agressão (discriminação religiosa); chama atenção os locais das agressões -57% ocorreram em espaços públicos - e apresenta os agentes agressores – 39% são evangélicos, isso os coloca em primeiro lugar entre agentes agressores e ou discriminadores.  No disque 100 os dados coletados vão de 2011 a 2018, trago a análise do ano de 2018 segundo Sidnei Nogueira:

 “(...) das 506 denúncias, 30% (152) das vítimas são adeptos de umbanda, candomblé ou religiões de matriz africana; 1,97% (10), católicas; e 11,6% (59), evangélicas e protestantes. Do total, 51% (261) não especifica qual a religião. Os dados revelam que a religião hegemônica, a católica, quase não é perseguida e, na sequência, os evangélicos e protestantes sofrem cerca de 10% das perseguições. No entanto, os adeptos de umbanda, candomblé e religiões afins são alvo de 30% das perseguições. Ao se considerar a invisibilidade, a marginalização, a estigmatização e a vergonha desses grupos em assumirem ser praticantes dessas tradições religiosas de origem africana, pode-se elevar o número de denúncias para praticamente 80% com o somatório das denúncias com e sem informação da religião”.

Vemos aqui um agravamento pois 30 por cento das vítimas estão entre os adeptos de religiões de matriz africanas e afro-brasileiras, se acrescentarmos a isso o fato que entre esses há um grande número de negros, fica claro que tais ações são efetivamente racistas.

Assim podemos afirmar há Racismo Religioso. Cabe perguntar por que, e quem tem medo, vergonha de auto declarar sua religião, ou de professar sua fé abertamente. Assim podemos concluir que os 80 por cento dos que não informaram sua religião com certeza não pertencem à religião dominante, oficial e não são pessoas brancas ou pertencentes a classes mais favorecidas. Os dados evidenciam o quanto o Brasil, a sociedade, nós somos racistas e precisamos urgentemente adotar uma educação, com postura antirracista.            

Esses dados evidenciam as forças organizadas, sistematizadas pelo racismo que atuam cotidianamente e forçam um apagamento, uma desmonte, uma inviabilização, de tudo que for ligado a tradição -“saberes de uma ancestralidade negra que vive nos ritos, na fala, nos mitos, na corporalidade e nas artes de sua descendência”, enfim cuja origem for assentada na cultura e na identidade afro-brasileira. Não se trata apenas de uma violação da integridade física, mas permanentemente dá indícios de ameaças: morais, patrimoniais, simbólicas e psicossociais. Há violação dos direitos humanos. 

Dionildo Campos, advogado, sacerdote de umbanda, dirige o Centro Espírita Nossa Senhora do Carmo em Cuiabá há mais de 15 anos, cita a reportagem do Mundo Negro vinculada no site dia 16 de janeiro de 2024 com o título “Intolerância religiosa representa 33% dos processos por racismo no Brasil em 2023, aponta pesquisa” onde ressalta que: levantamento feito pela JusRacial mostrando que tribunais brasileiros registraram mais de 176 mil processos por racismo em tramitação em 2023, sendo 33% deles por intolerância religiosa. Comparado a 2009, ano em que foi realizada pesquisa semelhante, houve crescimento de 17.000%.

Ele cita Hédio Silva Jr, advogado das religiões brasileiras no STF, mostrando como o preconceito religioso está em nosso cotidiano e oscila nos polos ódio-medo e conclui que a demonização dos cultos da umbanda precisa ser rechaçada com uma educação democrática e multicultural: “As democracias são corroídas diariamente pelo discurso de ódio religioso que acabou indo para a política, mas que no Brasil tem DNA em alguns templos neopentecostais cuja equação discursiva básica visa proliferar o medo, materializando nas religiões de matriz africana a figura do mal. Fora do continente africano somos o país com maior população negra e temos nosso ethos marcado tanto pelo legado civilizatório africano quanto por sua satanização”. O pai de santo Dionildo Campos lembra que: “examinando nosso dia a dia, nossa história, vemos que há muito de africanidades em nossa linguagem, em nossos gestos, em nossa luta, na arte marcial da capoeira, em nossa alimentação, em nossos costumes e em nossa tez. Ignorar isso é ignorar a própria essência, e as próprias raízes”.

Giulianna Altimari, jornalista, colunista social, sacerdotisa de Umbanda do Centro Espirita Santa Sara e São Francisco, autora do livro Rituais de Umbanda: velas e símbolos, destaca: há diversas leis que asseguram o nosso direto de expressar e frequentar qualquer religião ou não. Giulianna continua citando trechos da constituição:   “VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei”. E finaliza a sacerdotisa de umbanda: “Toda religião prega o amor, que amor frágil é esse que não pode ser contrariado. A minha fé é melhor que a sua, a minha igreja, o meu terreiro, meu templo é melhor, só minha religião salva. Isso é a maior estupidez e ignorância humana, significa que não apreenderam nada ainda, é uma pena.” 

O Brasil é um Estado laico. As pessoas têm o direito de professar sua fé. Os terreiros são espaços sagrados, ali há produção artística, cultural, a saberes ancestrais. As tecnologias e práticas ali vivenciadas estão nas mãos de guardiões culturais-religiosos (mães e pais de santo); os conhecimentos desses espaços sagrados são frutos de experiências, de filosofias e cosmovisão africanas e afro-brasileiros. Que abramos nossos olhos, ouvidos e a compreensão para valorizarmos essa riqueza material e imaterial.      


Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa

Visando combater o racismo que tenta inibir o culto à ancestralidade negra, expor seus adeptos a recorrentes preconceitos religioso, intolerância, atitudes discriminatórias e como um ato em homenagem a Mãe Gilda, em 2007 foi sancionada a Lei nº 11.635 que faz do 21 de janeiro o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa e Dia Mundial da Religiões. A data, que é celebrada pelos praticantes das religiões de matriz africana, serve ainda para suscitar debates, reflexões e motivação na busca pela liberdade do culto religioso e combate ao racismo.

Ialorixá Gildásia dos Santos e Santos, a conhecida Mãe Gilda de Ogum, fundou em 1988 o Ilê Axé Abassá de Ogum, Terreiro de Candomblé da nação Ketu, nas imediações da Lagoa do Abaeté, bairro de Itapuã em Salvador (BA). Teve sua foto publicada na edição de 1999 pelo jornal Folha Universal, com a manchete “Macumbeiros charlatões lesam a bolsa e a vida dos clientes- O mercado da enganação cresce no Brasil, mas o Procon está de olho”. Além desse fato, teve seu templo invadido e depredado por membros da Igreja Deus é Amor, tentaram “exorcizá-la”, seu marido foi agredido física e verbalmente. 

A mãe-de-santo decidiu-se pela ação judicial contra seus agressores e difamadores. Mãe Gilda faleceu no ano seguinte, aos 65 anos, de um infarto fulminante, segundo sua família, em consequência dos traumas dos ataques, que a abalaram profundamente. Em 2004, a Justiça condenou a Igreja Universal e sua gráfica (IURD) a indenizar a família da ialorixá em R$ 1.372.000 pelo uso indevido de sua imagem.

O caráter emblemático deste caso levou a Câmara de Vereadores de Salvador em 2000 a transformar a data do seu falecimento em “Dia Municipal de Combate à Intolerância Religiosa". Em 27 de dezembro de 2007, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 11.635, instituindo o dia 21 de janeiro como o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa.  

Silviane Ramos Lopes da Silva, historiadora, doutora em sociologia, fundadora do Coletivo de Mulheres Negras Herdeiras do Quariterê e Potências Negras, iniciada ao candomblé desde o ventre materno, quando em Cuiabá se identifica e pertence ao Centro Espírita Nossa Senhora do Carmo e em conversa sobre a importância do dia 21 de janeiro, Silviane foi contundente ao trazer a fala “O gargalo da intolerância religiosa é o racismo estrutural e suas ramificações”. O que a motivou a evidenciar que há engasgos educacionais que precisamos reparar!:

 “Enquanto praticante de religião de matriz africana, e educadora minha esperança é que a lei 10.63903 e 11.64508 e o Estatuto da Igualdade Racial sejam propulsores para romper com o racismo estrutural, e com o racismo religioso. Se a educação transforma e mobiliza para oportunidades, ela precisa urgentemente transformar os olhares para as diversas manifestações religiosas de matriz africana e afro brasileira. Respeito à diversidade inclui respeito ao credo e à fé de cada um. Alimentar a crença demoníaca baseada na sua noção religiosa e julgar as outras; além de criminoso e nada educativo, oprime ainda mais quem tem crença diferente do padrão hegemônico e coloca como certo e errado. Fé é de cada um e deve ser respeitada. O silêncio de hoje é o chicote que nossos ancestrais tiveram que aguentar, então gritemos: Basta de racismo religioso e viva nossa fé embebida de mãe Africa.”

João Bosco da Silva, babalorixá do Ilè Okowòo Asè Iya Lomin’Osa, diz da importância da data para combater a intolerância religiosa, discorre sobre o ataque a uma casa de axé e cita o caso de uma adepta da religião de matriz africana que foi demitida em Cuiabá-MT por apresenta-se de cabeça raspada no seu ambiente de trabalho, após ter passado por uma iniciação num ritual religioso do candomblé:

“O racismo religioso deve ser combatido cotidianamente, visto que essa prática nefasta é acometida corriqueiramente contra nós religiosos (as) afro. Essa data (21 de janeiro) para nós é de suma importância, pois, além de rememorar o falecimento de uma líder espiritual (Mãe Gilda de Ogum) grande lutadora contra o racismo religioso, convoca os brasileiros, em especial os de religiões de matriz africana e afro-brasileira a perseverar na luta constante contra qualquer forma de manifestação racista às nossas sagradas práticas religiosas.

Pois, os ataques verbais, psicológicos e físicos são constantes em diversas partes do Brasil, e em Cuiabá-MT não é diferente, como noticiado pela Folha Uol, de 15-03-2023: “O terreiro de Umbanda e Candomblé, Templo Espiritualista São Benedito Reino de Oxóssi no bairro Umuarama em Cuiabá sofreu um ataque motivado por intolerância religiosa na madrugada da última segunda-feira (13)”. Ou ainda como noticiou a Folha Uol, em 22-10-2020: “Uma prestadora de serviços gerais está processando uma empresa de limpeza de Cuiabá por intolerância religiosa e racismo. Regina Santana, 41 anos, diz ter sido demitida após aparecer no trabalho de cabeça raspada, decorrente de um ritual religioso.” 

Pai João Bosco, ativista sociais e dos movimentos negros a mais de trinta anos, mestre em História pela UFMT, enfatiza que a conduta há de ser por uma luta continua, diária, à sensibilização, à conscientização da violação dos direitos humanos e vê novos tempos, onde há coragem para as denúncias de intolerância religiosa. Para ele tais casos hão de ser encarrados e nomeados como racismo religioso.

“Esses são apenas dois casos para exemplificar o quanto a nossa luta contra o racismo religioso deve ser cotidiana e constante. E, é bom ressaltarmos que nós praticantes de religiões africanas e afro-brasileira não estamos mais acuados e intimidados com as práticas racistas, ao contrário estamos alertas e atentos buscando fazer valer os direitos havidos na Constituição Federal. Em outros tempos, essa senhora da matéria do site Uol sofresse esse racismo religioso, ela silenciaria e jamais denunciaria seus algozes, porém na atual conjuntura, consciente de seus direitos ela usou coragem e ousadia ao fazer a denúncia. ”

 O sacerdote de candomblé tem um centro cultural interligado a sua casa de axé, finaliza mostrando ação proativa desenvolvida em seu espaço sagrado: cartilha orientativa, como meio de educar, de instrumentalizar os membros de comunidades religiosas e considera ferramenta útil para sensibilizar, enfrentar e denunciar casos de racismo religioso:

“Pensando por esse aspecto o Ilè Okowòo Asè Iya Lomin’Osa lançou em 2021 a Cartilha Orientativa: Como Agir em Caso de Intolerância Religiosa, esse documento tem como objetivo principal dar suporte às pessoas praticantes de religiões de matriz africana e afro-brasileira e suas atitudes diante de pessoas racistas às práticas religiosas afro”.

O sacerdote de Umbanda Tharles Figueiredo, da Casa de Caridade Nossa Senhora Aparecida, em Rondonópolis, acerca da importância da celebração do dia 21 de janeiro, diz que:

 “É um exercício significativamente notável como também subjetivo. Apontando-nos enquanto corpos que estão cotidianamente dentro dos terreiros, utilizando nossas roupas brancas e colocando em prática os ensinamentos trazidos pelos nossos mais velhos. Creio que a data carrega essência dual. Por um lado, temos a conscientização de que nossas denúncias estão sendo escutadas e que nosso coletivo não aceitará a manutenção das práticas discriminatória do racismo religioso presente em nossa sociedade.

Por outro lado, é um dia que ouvimos os belíssimos discursos de nossas “autoridades” nas redes sociais e mídias, se colocando em uma posição de “aliados”, enquanto durante o restante do ano ignoram as constantes denúncias de invasões em nossos espaços de culto, além das violências físicas e verbais em diversas localidades de nosso país”.

Pai Tharles Figueiredo, mestrando do Ppgecco da UFMT, lembra intolerância religiosa (invasão de propriedade, roubo dos elementos ritualísticos e oferendas realizadas dentro de um território sagrado) em ocorreu em Rondonópolis:

 “Até hoje, a única denúncia referente a invasão no terreiro que eu ouvi, foi referente ao caso de arrombamento da porta de um centro de umbanda daqui chamado Associação Araxá, dirigido pelo sacerdote Francisco Dias, onde foram divulgados nas redes sociais vídeos e cartas de repúdio às constantes invasões, sobre roubos dos artefatos religiosos e alimentos desse território sagrado.”

 Continua discorrendo sobre constrangimentos tanto em atos ou práticas cotidianas quanto no âmbito privado ou público, e finaliza destacando a necessidade da união entre as diversas casas de axé e praticantes de religiões africanas e afro-brasileira para promoverem ações afirmativas, intervenções mais assertivas como combate ao racismo religioso: 

“Apesar de não ser comum casos de arrombamentos (acredito eu) nos terreiros daqui. Os maiores casos de intolerância religiosa acontecem na transição do médium ao assumir sua identidade enquanto umbandista ou candomblecista, seja ao enfrentamento do racismo familiar, profissional e os constantes olhares negativos ao adentrarmos em espaços públicos como praças, mercados e o andar na rua com nossas roupagens e guias.

Apesar desta data contribuir em certos aspectos, ainda existe a necessidade das famílias religiosas de matriz africana serem mais unidas e promover intervenções sociais contra a intolerância religiosa e liberdade de sermos quem somos. ” 

Cabe mencionar que tolerância é um conceito presente no cenário nacional, em eventos religiosos, em discussões de Direitos Humanos, e ações contra a perseguição às religiões de matriz africanas e afro-brasileiras. Vejamos a semântica da palavra intolerância, revelando a estigmatização na construção da narrativa, nas reflexões trazidas por Sidnei Nogueira no livro Intolerância Religiosa, da editora Jandaira.

Tolerância do latim tolerare significa “suportar” ou “aceitar”. A tolerância é o ato de agir com condescendência e aceitação perante algo que não se quer ou que não se pode impedir. Ouve-se muito que “é preciso tolerar a diversidade”. A expressão, aparentemente, progressista e bem-intencionada, desperta a indignação de alguns tolerados. Não, não é preciso tolerar ninguém. “Tolerar” significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente tal conduta. Quem tolera não respeita, não quer compreender, não quer conhecer. É algo feito de olhos vendados e de forma obrigatória.

Neste sentido o uso e atribuição da palavra tolerar ganhar um patamar que virtude superior, neutralidade, atribui a “quem tolera” um poder sobre “o que se tolera”; quem tolera acaba considerado como alguém generoso, benevolente, altruísta, por conceder, dar “consentimento do outro existir” como se houvesse uma “cordialidade brasileira”.

Esse discurso endossa práticas, comportamentos e mentalidades que terminam por negar, apagar, silenciar o outro, o direito à existência do que é diferente. Desse modo, o engodo da tolerância quer se fazer crer que somos todos iguais, não é diferente do “mito da democracia racial”, parafraseando Lélia Gonzalez. 

 Destaco a necessidade de promover uma cultura de paz, liberdade de crença, de respeito mútuo entre as diferentes culturas, cultos e práticas religiosas; para viveremos em uma sociedade democrática, pluralista, multiversa é fundamental que todos possam praticar livremente sua fé.

Cabe lembrar a liberdade religiosa é um direito humano básico. Sugiro que às comunidades religiosas, líderes e fiéis trabalhem colaborativamente para construir entendimentos mútuos, debates, atividades, diálogos e respeito por todas as crenças, só assim, construiremos uma sociedade e um mundo mais pacifico e inclusivo.

Vale a pena rememorar as recomendações que as organizações fizeram à ONU para combater o racismo religioso entre as propostas está a implementação e fortalecimento das legislações Anti-Discriminação (leis com penas mais severas e multas de valor elevado para inibir essa pratica maléfica); a promoção de campanhas, programas educativos e de conscientização com diálogos inter-religiosos;  criação de fóruns inter-religiosos municipais, regionais e nacionais; capacitação e sensibilização aos servidores públicos (do judiciário, da segurança pública, da saúde e da educação) e sociedade civil; disponibilização de canais de denúncias (mecanismos de monitoração, relatórios para rastrear e documentar os casos de racismo religioso); apoio jurídico, psicológico, e social às vítimas de racismo religioso; políticas públicas para promover a igualdade religiosa e garantias de participação equitativa a todas as comunidades religiosas na vida pública.      


Museu de SP seleciona trabalhos de artistas iniciantes com o tema Línguas Africanas

Selecionados receberão a verba de R$ 7.500 e vão se apresentar nos espaços do Museu ; Inscrições podem ser feitas até fevereiro

O Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, recebe inscrições para a terceira edição do Plataforma Conexões até o dia 29 de fevereiro. O projeto, que visa apoiar e dar visibilidade a projetos de artistas e grupos iniciantes, selecionará dez trabalhos em 2024, em áreas como música, literatura, dança e performance. O tema do ano é Línguas Africanas no Brasil, o mesmo da próxima exposição temporária do Museu, a ser inaugurada em maio.

Os escolhidos terão a oportunidade de se apresentar nos espaços da instituição, gratuitamente, tanto para o público do Museu quanto para os usuários da Estação da Luz. Os trabalhos contemplados terão suas apresentações programadas entre março e dezembro de 2024.

Podem participar do processo artistas solo ou grupos, pessoas físicas, jurídicas ou integrantes de cooperativas, que residam ou tenham sua sede no estado de São Paulo. As pessoas ou grupos devem ser iniciantes, ou seja, devem ter realizado no mínimo uma e no máximo seis produções na área cultural na qual desejam se inscrever.

Cada trabalho selecionado receberá a verba de R$ 7.500. Com esse recurso, os artistas ou grupos deverão cobrir gastos como cachês, transporte, hospedagem e eventual aquisição ou locação de materiais, entre outras despesas, considerando uma apresentação presencial no Museu.

O edital completo, com informações sobre quem pode participar ou não, assim como os documentos exigidos, pode ser consultado no site. Por lá, também é possível encontrar o link para o formulário da inscrição.

Os projetos selecionados vão se juntar à programação cultural promovida pelo Museu da Língua Portuguesa, que inclui, além da exposição principal, a futura mostra temporária sobre línguas africanas, visitas temáticas e atividades educativas.


Fomento à cultura de SP: nova resolução do ProAC ICMS

Mudanças visam aprimorar a modalidade do programa de fomento paulista que funciona por meio de patrocínios incentivados e renúncia fiscal

A resolução que regulamenta o Proac ICMS, Programa de Ação Cultural, foi atualizada com mudanças que visam desburocratizar a cultura. As alterações facilitam a compreensão pela sociedade civil interessada, além de superar os pontos defasados e oferecer melhor gestão do Programa pela UFEC – Unidade de Fomento à Cultura, unidade gestora do programa.

Além da consolidação das regras vigentes, a nova resolução apresenta inovações que pretendem detalhar o funcionamento do programa. O ProAC ICMS é a modalidade que funciona por meio de patrocínios incentivados e renúncia fiscal.

Apesar da atualização do regulamento do Proac ICMS, as questões relacionadas à Lei e Decreto não foram alteradas. Destacam-se as questões referentes à prestação de contas que, agora, seguem de maneira diferenciada de acordo com o porte do projeto e introdução da possibilidade da medida compensatória. Neste processo de consolidação e modernização dos processos foi realizada uma consulta pública para que a sociedade fosse ouvida.

“Buscamos caminhar juntos com os fazedores da cultura. Antes, existiam muitas instruções normativas do Proac ICMS, agora, está tudo unificado em um único lugar. Ouvimos o setor, através de uma consulta pública, para que possamos ser mais efetivos, propondo mudanças que possam realmente facilitar e desburocratizar os processos, para fomentar cada vez mais a cadeia da indústria criativa no Estado”, afirmou Marília Marton, Secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo.

Quais são as atualizações?

Em termos práticos, a nova resolução substituirá algumas resoluções, especialmente, a Nº96 de 2011 e alterações posteriores, bem como as portarias e instruções normativas que regiam o Programa. As melhorias estão evidenciadas, principalmente, na Prestação de Contas e nas Medidas Compensatórias.

Prestação de Contas

Como será?
Em 2024, a prestação de contas será de acordo com o porte do projeto. Ao proponente, será solicitado um conjunto de documentos diferentes para cada grupo de projetos divididos assim:

I – Pequeno porte (até R$ 250 mil);

II – Médio porte (valor entre R$ 250 e R$ 750 mil);

III – Grande porte (valor superior a R$ 750 mil).

Além disso, a Secretaria irá disponibilizar um Manual de Prestação de Contas, para auxiliar os proponentes.

Como era antes?
A prestação de contas era única, independentemente do porte do projeto, ou seja, para qualquer valor era pedido o mesmo conjunto de documentos para comprovação.

Medidas Compensatórias

Como será?
Esta medida é totalmente nova. Nos casos de reprovação da prestação de contas, o proponente terá a opção de apresentar propostas de ações compensatórias para substituição da devolução do valor a ser restituído aos cofres públicos.

Como era antes?
Se a prestação de contas fosse reprovada, parcial ou integralmente, o proponente deveria fazer a restituição ao Fundo Estadual de Cultura. Até então, não existia a possibilidade de pagar a dívida em ação compensatória.

Sobre o ProAC ICMS

O ProAC ICMS é a modalidade do programa de fomento paulista que funciona por meio de patrocínios incentivados e renúncia fiscal. Para ter acesso aos recursos disponíveis, os artistas, grupos ou produtores devem submeter seus projetos à análise de uma comissão especializada, que avalia requisitos como relevância artística e adequação da proposta orçamentária.

Com o projeto aprovado, o proponente pode solicitar patrocínio a empresas sediadas em São Paulo. Estas, por sua vez, podem apoiar os projetos culturais com parte do valor do ICMS devido, como forma de estímulo ao patrocínio. Qualquer empresa pode ser patrocinadora via ProAC ICMS, bastando ser contribuinte deste imposto e estar em dia com suas obrigações fiscais.


Teatro dos Correios privilegiará produção cultural negra do país

Espaço, que homenageia a atriz Léa Garcia, será reaberto quinta-feira

A Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro reabre nesta quinta-feira (11), para convidados, e nos dias 13, 20, 21, 27 e 28 de janeiro, para o público em geral, o Teatro dos Correios, agora com novo nome: Teatro Correios Léa Garcia, em homenagem à atriz falecida no ano passado. Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada) e podem ser adquiridos na plataforma Imply e na bilheteria física do equipamento.

A peça escolhida para marcar a nova fase do teatro é Macacos, com texto, direção e atuação do vencedor do Prêmio Shell, Clayton Nascimento. A classificação é para maiores de 12 anos.

A reabertura do teatro é resultado de parceria entre os Correios e a prefeitura do Rio. Em entrevista nesta terça-feira (9) à Agência Brasil, o secretário Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, Marcelo Calero, informou que o acordo fechado com o Correios prevê que a secretaria assuma a gestão do teatro por um ano.

O equipamento estava fechado desde 2018 e, por essa razão, precisava de reformas, especialmente na na parte cenotécnica e na questão de instalação de ar-condicionado. “A prefeitura arcou com essas melhorias, e nós assumimos a gestão do teatro por um ano. Significa que vamos cuidar tanto da curadoria como da parte de operação”, disse o secretário.

Operação

Segundo Calero, o convênio poderá ser renovado. “A gente fez primeiro para este ano, para entender realmente como funcionaria a operação. Para nós, foi importante, porque significava a reabertura de um teatro na cidade. Em segundo lugar, [por ser] em uma região que é objeto de uma série de políticas públicas por parte da prefeitura para seu reavivamento, sua requalificação, que é o Reviver Centro. Em terceiro lugar, e não menos importante, a conexão que fizemos com uma figura histórica, magistral, icônica, que é a Léa Garcia."

A partir disso, toda uma linha curatorial que permita trazer a esse teatro peças que reflitam a produção cultural negra no Rio de Janeiro, do teatro negro, de temáticas relacionadas ao combate ao racismo, que é uma das diretrizes de trabalho na Secretaria de Cultura, acrescentou Calero. "O Muhcab [Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira] está aqui sob nossa gestão.”

As peças que forem encenadas no Teatro Correios Léa Garcia terão, preferencialmente, essa temática correlacionada, assim como o trabalho de grupos que não necessariamente tenham a mesma linha, mas que reflitam o momento de produção dos subúrbios do Rio e de grupos minorizados. “A preocupação nesse teatro é dar visibilidade, voz e palco a grupos que tenham dificuldades de inserção no grande circuito carioca e no circuito nacional do teatro. A curadoria vai no sentido de privilegiar esses grupos, essas peças e essa temática”, disse Marcelo Calero.

Com 185 lugares, o teatro não tem fosso para orquestra. “O espaço tem limitação de ordem cênica, mas, ao mesmo tempo, permite encenações não necessariamente de teatro, podendo ser de outras expressões artísticas, como a dança”, informou o secretário.

História

O teatro foi inaugurado junto com o Centro Cultural Correios, em 1994. Por ali passaram peças que atraíram grande público, como A Casa dos Budas Ditosos, com Fernanda Torres, e Beija Minha Lápide, com Marco Nanini. O imóvel data de 1922, tem estilo arquitetônico eclético e foi construído para sediar uma escola da Companhia Lloyd Brasileiro. Isso, porém, não ocorreu, e o prédio foi usado, por mais de 50 anos, para funcionamento de unidades administrativas e operacionais do Correios.
Na década de 1980, o imóvel foi desativado para reformas.  Em 2 de junho de 1992, parcialmente restaurado, foi reaberto para receber a Exposição Ecológica 92, evento integrante do calendário da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente (Rio 92).

Segundo o presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, o imóvel continua sendo da empresa, mas a conservação e o uso serão da secretaria. “O instrumento que assinamos vale por um ano, ou seja, até dezembro de 2024, e pode ser renovado”, informou Santos. Ele disse à Agência Brasil que parcerias desse tipo, relacionadas à cultura, estão sendo feitas em outros imóveis da estatal.relacionados à cultura, em todo o país.
“Estamos trabalhando para recuperar a empresa, que foi sucateada no governo anterior com vistas à privatização. Nessa lógica privatista, investimentos em publicidade e em patrocínios culturais e esportivos haviam sido cortados. Nossa gestão está retomando essas ações, dentro de um projeto estratégico de inclusão, que é o papel de uma empresa pública, como os Correios”, destacou.
Segundo Santos, um exemplo é o projeto de reestruturação da carteira de imóveis da empresa, iniciado no ano passado. “Imóveis históricos, como o do Rio de Janeiro, que haviam sido abandonados pela gestão anterior, agora serão destinados para o benefício das brasileiras e dos brasileiros. Também estamos negociando a cessão de nosso prédio histórico em São Paulo para a prefeitura, para abrigar uma central de serviços. E, no Rio Grande do Sul, nosso espaço está cedido para a Secretaria de Estado da Cultura. Assim, estamos cumprindo nossa missão como agentes do governo federal no fomento à cultura”, concluiu.

Homenageada

Atriz brasileira internacionalmente conhecida e com papel essencial para a inclusão dos negros na arte brasileira, Léa Lucas Garcia de Aguiar (1933-2023) foi indicada ao prêmio de melhor interpretação feminina no Festival de Cannes, na França, em 1957, por sua atuação no longa Orfeu Negro, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro.

Léa Garcia também fez história no teatro e na televisão. A atriz foi uma das precursoras do processo de inclusão do negro nos palcos brasileiros, nos quais atuou já na década de 1950 como parte do coletivo Teatro Experimental do Negro. O Teatro Correios Léa Garcia está localizado na Rua Visconde de Itaboraí, 20, no centro do Rio.

Edição: Nádia Franco


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