03 de dezembro de 2024

Esporte

12/08/2024 07:07

Clássico carioca leva campanha contra feminicídio para o campo

Vasco levou a mensagem da campanha “Feminicídio Zero - Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada” para o jogo contra o Fluminente, no Rio de Janeiro, no sábado (10)

Em apoio ao Agosto Lilás, mês de conscientização para o fim da violência contra a mulher, a campanha “Feminicídio Zero - Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada” entrou em campo com o Vasco da Gama durante o clássico carioca contra o Fluminense, no sábado (10/8), no Estádio Nilton Santos.

O time entrou com uma faixa com a mensagem da campanha, lançada na última quarta-feira, 7 de agosto, pelo Ministério das Mulheres. A data marca o aniversário de 18 anos da Lei Maria da Penha. Até o momento, além do Vasco, dirigentes dos clubes Corinthians, Flamengo e Bahia já aderiram à mobilização. “A questão que nós vamos fazer não é temporária, é permanente. Tem ações que vão ocorrer quando tem jogo, que são as ações mais midiáticas. Agora, as outras coisas vão acontecer dentro do time, como as oficinas”, afirmou a ministra Cida Gonçalves.

A campanha faz parte de uma mobilização nacional, envolvendo diversos setores do país no compromisso de pôr fim à violência contra as mulheres, em especial aos feminicídios, a partir de diversas frentes de atuação, entre elas comunicação ampla e popular, implementação de políticas públicas e engajamento de atores diversos.

Ocorrências

O registro de boletins de ocorrência de ameaça contra mulheres aumenta 23,7% em dias em que um dos times da cidade joga e o de registros de lesão corporal sobe 25,9% quando a partida acontece na própria cidade, aponta pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com o Instituto Avon em 2022. 

A Articulação Nacional pelo Feminicídio Zero prevê ações em dias de jogos de futebol, mirando o diálogo principalmente com os homens. Entre as ações articuladas ao longo do mês de agosto estão faixas em campo, o uso de braçadeiras pelos jogadores e vídeos durante partida de futebol, a serem executadas em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, com apoio da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

Dados de feminicídio no Brasil

Segundo o 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 1.467 mulheres morreram vítimas de feminicídio em 2023 - o maior registro desde a sanção da lei que tipifica o crime, em 2015. As agressões decorrentes de violência doméstica tiveram aumento de 9,8%, e totalizaram 258.941 casos.

Houve alta também nas tentativas de feminicídio (7,2%, chegando a 2.797 vítimas) e nas tentativas de homicídio contra mulheres (8.372 casos no total, alta de 9,2%), além de registros de ameaças (16,5%), perseguição/stalking (34,5%), violência psicológica (33,8%) e estupro (6,5%).

O Brasil também registrou um estupro a cada seis minutos no ano passado. Foram 83.988 vítimas e uma taxa de 41,4 por 100 mil mulheres, havendo um crescimento anual de 6,5%. Outros crimes com taxas em alta são importunação sexual (48,7%), assédio sexual (28,5%) e divulgação de cena de estupro/sexo/pornografia (47,8%).

Por: Agência Gov, com informações do Ministério das Mulheres 


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