16 de abril de 2024 - 13:16

Cidades

30/03/2020 10:32 FolhaMax

MPF denuncia filha de ex-senador de MT

A funcionária pública aposentada, Gleyde Vuolo, filha do ex-senador Vicente Emílio Vuolo, foi denunciada pelo Ministério Público Federal (MPF) por ter sacado R$ 17 mil da pensão que sua mãe, Leyde da Costa Vuolo, recebia do Senado. O MPF diz que os saques foram feitos depois que a esposa do ex-senador e mãe de Gleyde já havia falecido.

 

De acordo com a denúncia do MPF, entre 28 de janeiro de 2014 e 23 de junho do mesmo ano, Gleyde Vuolo induziu o Senado Federal a erro em relação ao óbito de sua mãe quando não informou o órgão que ela já havia falecido no dia 28 de janeiro. Neste período, porém, Gleyde continuou sacando a pensão que a mãe tinha direito por ter sido casada com o senador Vicente Vuolo, que faleceu em maio de 2001 depois de ser acometido de pneumonia.

 
 

Segundo o Ministério Público, Gleyde obteve vantagem de pelo menos R$ 14 mil neste período, provocando prejuízo à União. Ela sacou R$ 17 mil e, quando o Senado detectou a fraude, determinou o retorno do recurso via Banco do Brasil, mas a instituição bancária só conseguiu recuperar R$ 3.474,00.

Após autorização judicial para afastamento do sigilo dos dados bancários de Leyde, o MPF apurou que após a morte da pensionista houve intensa movimentação bancária na sua conta, inclusive com compras no cartão e transações bancárias (DOC e TED) a crédito de Gleyde Vuolo, além de cinco saques do benefício de pensão por morte. Ao ser questionada pela polícia, Gleyde teria confessado que realizou os saques em casas lotéricas dos valores relativos ao benefício previdenciário de sua mãe. Ela se justificou dizendo que realizou o dinheiro para quitar débitos que ficaram pendentes depois da morte da mãe.

O MPF estabeleceu o valor mínimo de paração dos danos causados pela infração de R$ 14.020,07. E estabeleceu a pena mínima relativa ao delito de apenas um ano por considerar baixo o valor do prejuízo, conforme previsão legal. Gleyde Vuolo também poderá ter o processo suspenso, conforme proposta do MPF, em caso de acordo para pagar o valor de R$ 14 mil, atualizado monetariamente, pagamento de prestação pecuniária para entidade pública ou privada com caráter social e apresentação de certidões negativas de antecedentes criminais.

 

A reportagem entrou em contato com Gleyde Vuolo, mas até o fechamento desta edição nenhuma resposta foi enviada.


Telefone para contato

(65) 3358-5258

© copyright 2018 Todos os direitos reservados.